Centrão quer dificultar ações de Bolsonaro na Câmara após revés em escolha no Ministério de Saúde



Deputados do centrão estão insatisfeitos com a escolha do cardiologista Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde. Publicação aponta que há uma mobilização para dificultar a vida de Bolsonaro na Câmara.


Parlamentares do centrão discutem dificultar pautas do governo na Câmara após o presidente Jair Bolsonaro ter ignorado as sugestões do bloco para o comando do Ministério da Saúde. As informações são da Folha de São Paulo.


A publicação sustenta que deputados da base aliada, como do PP e do PL, defenderam a necessidade de dar um recado público ao presidente da República. A indicação de Queiroga teve o apoio do senador Flávio Bolsonaro.


Estão em discussão desde a aprovação de requerimentos de convocação de integrantes da equipe ministerial em comissões temáticas como o atraso na votação de medidas consideradas prioritárias pelo governo.


Vale lembrar que o uma das primeiras escolhas do centrão para o ministério foi o deputado federal Luiz Antonio Teixeira (PP), conhecido como Dr. Luizinho. A indicação foi refutada pois Bolsonaro queria um nome técnico.


Em seguida, foi apresentado o nome da cardiologista ​Ludhmila Hajjar, que contou com a chancela pública do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em meio aos ataques nas redes sociais, Bolsonaro e Ludhmila não se entenderam.

Com a recusa, deputados do centrão ainda tentaram indicar outro nome, mas Bolsonaro se antecipou e escolheu Queiroga, indicado pelo seu filho mais velho. Segundo assessores palacianos, o novo ministro é amigo da família da esposa do senador.


A avaliação de dirigentes do centrão é que, diante da necessidade de aprovação das reformas administrativa e tributária, era o momento de Bolsonaro acenar à base aliada, e não fazer uma escolha de caráter pessoal.


Em reuniões na terça-feira (16), integrantes da base aliada lembraram que até mesmo em votações impopulares, como a possibilidade de congelamento do reajuste de servidores públicos, as legendas do centrão acabaram aceitando votar com o governo.


A escolha de Queiroga gerou frustração entre aliados de Lira, para os quais Bolsonaro não reconheceu o apoio que o deputado federal tem dado à sua gestão.


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