Após aliança com Irã, China pede para EUA suspenderem sanções 'ilegais' a Teerã






Pequim reiterou apelo para que os EUA removam as sanções ao Irã que afetam diretamente exportações de petróleo de Teerã. As sanções foram impostas devido ao programa nuclear iraniano.


A China pediu, nesta sexta-feira (2), que o governo dos EUA suspendesse todas as "sanções ilegais" contra o Irã ao saudar o retorno de Washington ao acordo nuclear com o Irã.


"A China dá as boas-vindas ao retorno dos Estados Unidos ao acordo e os exorta a suspender todas as sanções ilegais ao Irã e impedir a jurisdição de longo braço", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em entrevista coletiva em Pequim.

Hua afirmou ainda que a China é "justa" no Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), comumente conhecido como acordo nuclear com o Irã. Pequim tem desempenhado um papel construtivo, completou a porta-voz chinesa, "enquanto os EUA aumentam as tensões porque saíram do JCPOA".


A China recentemente ampliou seu apelo para a remoção das sanções ao Irã impostas principalmente pelos EUA às exportações de petróleo de Teerã devido ao seu programa nuclear.


No mês passado, a China e o Irã assinaram um acordo de cooperação estratégica de 25 anos. O acordo de US$ 400 bilhões (mais de 2 trilhões de reais) estava travado desde janeiro de 2016, quando o presidente chinês Xi Jinping se tornou o primeiro líder mundial a visitar o Irã após o acordo nuclear de 2015 entre o Irã e potências mundiais.


Quando questionada sobre o plano de investimento em infraestrutura do governo norte-americano, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que se trata de um "assunto interno dos EUA".


"A China iniciou uma nova estratégia de desenvolvimento e vai empurrar a abertura para que mais países possam compartilhar amplamente os dividendos do desenvolvimento da China", disse Hua.

Seus comentários foram feitos depois que Biden apresentou um plano trilionário para revitalizar a infraestrutura envelhecida dos EUA, buscando um aumento de impostos sobre as empresas para cobrir seus custos.


Sobre a situação em Mianmar

Sobre o aumento da violência em Mianmar, Hua alegou que "a China está seriamente preocupada com a violência e o derramamento de sangue que prejudica o povo de Mianmar. A contenção deve ser mantida para evitar o agravamento da situação".


Pelo menos 536 pessoas foram mortas até agora na repressão militar contra os manifestantes pró-regime civil desde a tomada da junta em 1º de fevereiro em Mianmar, de acordo com a Associação de Assistência para Prisioneiros Políticos, um grupo de direitos humanos com sede na Tailândia.


Os militares mianmarenses logo após o golpe anunciaram um estado de emergência de um ano, além de estabelecer seu conselho para dirigir os assuntos do país de maioria budista.

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