Veja como a Superleague ameaça o fim das Soberanias Nacionais dos Países Europeus no Futebol e até no campo Sócio Cultural

 


A ideia de uma Super Liga Europeia já existe desde 1990, foi planejada inicialmente para as temporadas 2023/2024, porém se os clubes menores da Europa não se unirem contra isso, podem antecipar isso para o quanto antes. No último domingo, 12 clubes considerados da 'elite' do futebol europeu anunciaram a criação de uma Superliga, que não conta com os apoios de entidade regulamentadoras como a Fifa e a Uefa.


A repercussão não foi das melhores e muitos fãs acreditam ser apenas uma manobra das grandes equipes conseguirem ainda mais dinheiro, mas eliminando o fator competição.


Da esquerda pra direita: Milan, Juventus, Arsenal, Barcelona, Tottenham Hotspur, Liverpool, Manchester United, Real Madrid, Manchester City, Atlético de Madrid, Chelsea e Inter de Milão. Os atuais 12 participantes da SUPERLEAGUE.


A imprensa espanhola não poupou críticas aos três maiores clubes do país, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, por terem aderido à nova liga. O diário Marca apontou em um artigo em sua edição digital nesta segunda-feira (19) que os 'times de cima cagam na cabeça dos que estão abaixo".


"De início, exala um fedor de capitalismo atroz, de neofutebol rico, embora alguns clubes que apoiam o produto se autoproclamam times do povo. Matar as ligas locais seria um erro e teria consequências terríveis de natureza esportiva e econômica, um choque que chegaria até o futebol de base. Sim, aos jogos infantis e ao esforço de formação de muitos clubes. Por que cuidar de uma categoria de base? Para nutrir a super elite e continuar vivendo em uma segunda divisão eterna?", dizia o periódico.


O Marca questionou também quem serão os árbitros da nova competição, uma vez que as federações e os órgãos regulamentadores que treinam os juízes são contrários à realização da nova competição. A publicação detona ainda o excesso de ganância e diz que o único objetivo desses 12 times é ganhar mais dinheiro.


"Não se deve esquecer que no fundo de tudo não existe um desejo esportivo, mas financeiro: publicidade, direitos, exploração de recursos ... Convencer um torcedor a comprar o penico de sua equipe com seu escudo mesmo que não precise ou precise isso. Deixe consumir, vamos. É provável que tudo acabe num acordo global com a UEFA que satisfaça o desejo dos clubes. Para os clubes, não é que a Champions League pareça enfadonha, o que não é verdade. Nem uma Superliga garantiria um extase de futebol contínuo..."

O plano é fazer um competição com 20 equipes, as outras equipes seriam convidadas dependendo do desempenho do time na temporada anterior. Todos os jogos da Superliga acontecem durante a semana, para que os calendários nacionais sejam preservados. O planejado é que a Superliga tenha início em agosto, com os times divididos em dois grupos de dez.


Porém a UEFA - União das Associações Europeias de Futebol - Já soltou 2 comunicados contra a realização da Superleague: https://www.uefa.com/insideuefa/mediaservices/mediareleases/news/0268-1213f7aa85bb-d56154ff8fe8-1000--new-uefa-club-competition-formats-from-2024-25/ e https://www.uefa.com/insideuefa/mediaservices/mediareleases/news/0268-12121411400e-7897186e699a-1000--joint-statement-on-super-league/


Dejan Lovren, Mesut Özil e Daniel Podence utilizaram o Twitter para criticar nova competição; FIFA ameaça banir clubes


Utilizando as redes sociais, jogadores como Dejan Lovren, do Zenit/RUS, Lukas Podolski, do Antalyanspor/TUR, Mesut Özil, do Fenerbahçe/TUR e Bruno Fernandes, do Manchester United/ING já se posicionaram contra a competição.


Os efeitos negativos da Super League já respingam em clubes, como o Tottenham Hotspur - um dos doze idealizadores da competição. Na manhã desta segunda-feira (19) o clube oficializou a demissão de José Mourinho sem especificar em nota,  o real motivo. Segundo a imprensa inglesa, o fator determinante foi o português ser contra a competição. Em seu lugar, Ryan Mason assume interinamente os Spurs.


Bayern e PSG não se posicionaram se vão jogar ou não a SUPERLEAGUE

Possível vídeo da SuperLeague


Jogadores contra

Campeão da UEFA Champions League e da Premier League com o Liverpool, o zagueiro croata Dejan Lovren foi ao Twitter expressar sua opinião contrária ao torneio.

Já o ex-Arsenal e Real Madrid, Mesut Özil, que hoje defende o Fenerbahçe/TUR, viralizou ao dizer que crianças "sonham em vencer a Champions League e não a Super League".

Em seu perfil oficial no Instagram, Daniel Podence também fez críticas ao novo campeonato.

 

Já outros jogadores, como Ander Herrera e Lukas Podolski também se manifestaram no Twitter, onde também são contrários à Super League. A estima é que mais jogadores se posicionem de forma negativa ao torneio.


Conforme publicado em alguns veículos de imprensa como Daily Mail, BBC Sports e ABC, a FIFA analisa retaliar equipes que integrem a Super League. Dentre os rumores levantados, a exclusão dos times em seus respectivos campeonatos nacionais e internacionais, proibição de jogadores participarem da Copa do Mundo e até retirada de títulos são possibilidades da entidade.


Sendo assim, até o momento não há quaisquer comunicado oficial da FIFA, A UEFA já se pronunciou a respeito. 


Se os Clubes considerados médios e pequenos não se unirem contra tal atitude dos atuais donos dos Clubes, estes que a maioria servem à banqueiros, e uma elite mundial, a tendência é acabarem com a Soberania Nacional também dos Países no Futebol. E se caso acontecer isto não ficará apenas na Europa. 

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