ANTIGO EGITO: Arqueólogos descobrem CIDADE ENTERRADA HÁ 3 MIL ANOS, próximo de Lúxor


Um grupo de arqueólogos anunciou nesta quinta-feira (8) a descoberta de uma antiga cidade faraônica que permaneceu oculta durante séculos, próxima de alguns dos monumentos mais conhecidos do Egito.

A grande cidade foi construída há mais de 3.400 anos, durante o reinado de Amenhotep III, um dos faraós mais poderosos de Egito, disse o arqueólogo egípcio que supervisiona as escavações, Zahi Hawass, em um comunicado, veiculado através de seu perfil no Facebook.

A equipe começou buscando um templo mortuário próximo da cidade de Lúxor em setembro. Contudo, em poucas semanas, os arqueólogos encontraram formações de tijolos de argila em todas as direções, segundo Hawass.

Em seguida, os arqueólogos escavaram toda a cidade, que estava bem conservada, com muros quase completos e habitações cheias de objetos da vida cotidiana, ao lado de anéis, escaravelhos, potes de cerâmica coloridos e tijolos de argila com selos de Amenhotep.


"As ruas da cidade estão flanqueadas por casas [...] e alguns de seus muros têm até três metros de altura", comentou Hawass.

As escavações se encontram na margem ocidental de Lúxor, próximas dos Colossos de Mêmnon, de Medinet Habu e do Ramesseum, o templo mortuário do faraó Ramsés II, não muito longe do Vale dos Reis.


"Esta é uma descoberta muito importante", disse à agência Reuters Peter Lacovara, diretor do Fundo de Arqueologia e Patrimônio do Antigo Egito, cuja sede fica sede nos Estados Unidos.

Segundo o especialista, o estado de conservação da cidade e a quantidade de objetos da vida cotidiana encontrados no local remetem a outro sítio arqueológico famoso, a cidade romana de Pompeia.


"É uma espécie de 'Pompeia' do antigo Egito, o que mostra que é necessário preservar urgentemente esta área como um parque arqueológico", afirmou Lacovara, que trabalhou na região do palácio de Malcata por mais de 20 anos, mas não participou das escavações.





O sítio arqueológico contém uma grande quantidade de fornos e estufas para a fabricação de vidro e cerâmica, junto com os resquícios de milhares de estátuas, afirmou Betsy Bryan, especialista no reinado de Amenhotep III, segundo a Reuters.

"A simples localização dos centros de manufatura fornece detalhes sobre como os egípcios fizeram o que fizeram sob um governante grande e rico como Amenhotep III. Isso trará conhecimento por muitos anos", acrescentou a especialista.

A cidade se estende rumo a oeste, até o antigo povoado de trabalhadores Deir Almedina, afirmou Hawass.


De acordo com as referências históricas, a cidade incluía três palácios de Amenhotep III e o centro administrativo e industrial do império, acrescentou o especialista. 

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