Bolsonaro diz que não aceitará farsa em qualquer eleição

 


Presidente participou de motociata em Presidente Prudente, São Paulo, discursou a apoiadores ao lado de ministros e autoridades locais e novamente desrespeitou protocolos sanitários.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar as eleições com urnas eletrônicas neste sábado (31) em discurso em ato político em Presidente Prudente, São Paulo. Bolsonaro disse que não vai aceitar o que chamou de "farsa" eleitoral caso o voto impresso não seja aprovado.

"Não vamos perder essa oportunidade. Nós queremos democracia, liberdade e eleições, mas repito: eleições democráticas, com voto democrático, com contagem pública dos votos. Não aceitaremos uma farsa em qualquer eleição que seja", disse o presidente após participar de uma motociata na cidade.
Bolsonaro acrescentou que os brasileiros não poderiam perder a oportunidade de mudar o sistema: "Se nós apresentamos mais uma forma de manter o voto confiável, por que alguns poucos, usando a força do poder, querem que continue sempre tudo como esteve? Vamos mudar o destino do Brasil."

Em transmissão ao vivo na quinta-feira (29), o presidente havia feito o mais duro ataque contra as urnas eletrônicas, sem, todavia, apresentar nenhuma prova das supostas fraudes nas eleições que denuncia há três anos.
Discussão na Câmara
A Câmara dos Deputados discute uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para que, "na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria", relembra o portal Metrópoles.

Sem votos suficientes para aprovar a proposta, a votação da PEC foi adiada por aliados de Bolsonaro para depois do recesso parlamentar. Nas últimas semanas, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se reuniu com deputados e senadores de várias siglas para tratar da defesa da urna eletrônica.

O ato político deste sábado (31) ocorreu em meio ao avanço da variante Delta da COVID-19, mais transmissível que as demais. O Brasil registrou 886 mortes pela doença nesta sexta-feira (30), e chegou a 555.512 óbitos desde o início da pandemia. Foram registrados 40.128 casos do novo coronavírus na sexta-feira (30) desde o início da pandemia já foram feitos 19.879.037 diagnósticos positivos da doença.

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