Lacre invertido: Macron descarta pedir desculpas oficiais por abusos coloniais na Argélia, apesar de chamar colonização de "crime contra a humanidade"


O gabinete do presidente francês descartou emitir um pedido formal de desculpas por abusos coloniais na Argélia, já que o Palácio do Eliseu aguarda as conclusões de um relatório sobre as "memórias da colonização e da guerra Argelina".

"Atos simbólicos" estão sendo considerados, mas não haverá "nem arrependimento nem desculpas" após a apresentação de um relatório na quarta-feira, anunciou o gabinete do presidente Emmanuel Macron.


Macron participará de três dias de comemoração como parte do 60º aniversário do fim da guerra argelina em 1962.


Um relatório do historiador francês Benjamin Stora sobre as "memórias da colonização e da guerra argelina" deve ser apresentado ao Palácio Elysée na quarta-feira. O documento incluirá propostas para alcançar "uma reconciliação necessária" entre a França e a Argélia, quase 60 anos após o fim do conflito.

O próprio Macron uma vez afirmou que a colonização francesa era um "crime contra a humanidade".


"É verdadeiramente bárbaro e é parte de um passado que precisamos enfrentar ao pedir desculpas àqueles contra quem cometemos esses atos", afirmou em uma entrevista em 2017.


As relações entre as duas nações ainda estão manchadas pelas atrocidades cometidas por ambos os lados durante a guerra de independência argelina de 1954-1962.

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