Bolsonaro isenta governo federal de responsabilidade sobre crise no Amazonas envolvendo falta de oxigênio

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (15) que a situação da saúde no Amazonas está "terrível", mas ressaltou que o governo federal não é responsável pela crise no estado e está fazendo a sua parte.




"A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios [...] O ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] esteve lá na segunda-feira [11], providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda", disse Bolsonaro, citado pelo portal UOL.

Além disso, o presidente enalteceu o trabalho das Forças Armadas na região, que, segundo ele, estão mobilizadas para oferecer assistência ao sistema público de saúde.

O estado do Amazonas enfrenta problemas graves como a falta de leitos em hospitais e de cilindros de oxigênio, um insumo que é crucial para o tratamento da COVID-19. Hoje (15), a Força Aérea Brasileira começou a transferir alguns pacientes de COVID-19 para outros estados, e também disponibilizou aeronaves de carga, como o C-130 Hércules, para levar cilindros de oxigênio para a capital amazonense. Durante a madrugada, um carregamento com seis cilindros de oxigênio líquido chegaram a Manaus vindos de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Ontem (14), cinco órgãos públicos federais e estaduais apresentaram uma ação civil pública na Justiça Federal de Manaus na qual afirmam que a responsabilidade sobre a crise da saúde no Amazonas é do governo federal e que cabe à União garantir o fornecimento regular de oxigênio para os hospitais.

Nesta sexta-feira (15), o presidente publicou no Twitter uma imagem com informações do Portal da Transparência sobre os recursos destinados a Manaus para reforçar a ideia de que, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo estaria de "mãos amarradas" para atuar na crise. 

Dessa maneira, Bolsonaro insiste no discurso de que o Supremo delegou a governadores e prefeitos o aval ou não a medidas de restrição para o combate ao coronavírus, e que a União se limitaria a assegurar o repasse de recursos financeiros.


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