Representante do Twitter, diz que ex-presidente Donald Trump foi banido permanentemente do microblogging; futuro nas outras redes sociais é incerto

 


O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não terá permissão de voltar a ter uma conta no Twitter mesmo que ele se candidate novamente e vença, de acordo com o CFO (diretor financeiro) da companhia.


Perguntado durante uma entrevista para o canal CNBC na última quarta-feira (10), se os privilégios de poder postar novamente poderiam ser restaurados caso ele vencesse novamente as eleições para a presidência, o CFO Ned Segal esclareceu que o banimento de Trump é permanente.

“Nossa política interna funciona de tal modo que, quando você é removido da plataforma, você é removido da plataforma”, disse. “Seja você um comentarista, um CFO, ou um ex-representante público. Lembre-se, nossas políticas internas são designadas para garantir que as pessoas não incitem a violência e, caso alguém faça isso, nós temos que removê-los do nosso serviço e nossas políticas internas não autorizam o retorno”.


A declaração foi feita em meio ao julgamento de impeachment de Trump no Congresso. Caso seja absolvido, Trump não será impedido de buscar a presidência ou outro cargo federal.


O Twitter tomou a medida sem precedentes de banir Trump no mês passado, depois que alguns de seus apoiadores invadiram o Capitólio dos Estados Unidos. À época, o Twitter disse que estava suspendendo Trump permanentemente “devido ao risco de mais incitamento à violência.


 


Na época da aplicação das medidas mais rígidas, o Twitter já havia bloqueado temporariamente a conta de Trump após vários tweets que, segundo a rede social, contribuíram para um risco elevado de violência.

A  decisão do Twitter de banir Trump vem em meio às ações de outras empresas de tecnologia contra as contas do ex-presidente, incluindo a decisão do Facebook de proibir “indefinidamente” Trump de criar postagens e a decisão do YouTube de iniciar a emissão de penalidades ao canal de vídeos do ex-presidente.


Outra medida das chamadas “Big Techs” em resposta à invasão ao capitólio foi a de suspender o suporte ao Parler, rede social que foi adotada pelos apoiadores de Trump e se tornou a queridinha da extrema-direita, com a Amazon deixando de hospedar o site em seu serviço Web Service e Apple e Google retirando o aplicativo de suas lojas.


Diferente do Twitter, as outras redes sociais ainda não bateram o martelo sobre se Trump voltará ou não a ter uma conta ativa nelas. No Facebook, a decisão deve ficar a cargo de um Conselho de Supervisão independente. “É um órgão independente e suas decisões são vinculativas – não podem ser anuladas pelo CEO Mark Zuckerberg ou qualquer outra pessoa do Facebook”, afirmou o vice-presidente de assuntos globais e comunicações da empresa, Nick Clegg. 


Já o Youtube, decidiu manter Trump suspenso de sua plataforma por tempo indeterminado e ainda não divulgou como e nem quando decidirá sobre o futuro do ex-presidente no site. “À luz das preocupações sobre o potencial contínuo de violência, o canal Donald J. Trump permanecerá suspenso”, declarou um porta-voz do Google no último dia 26 de janeiro. 

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