O general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, morreu aos 84 anos por C-19


O general Colin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA, morreu nesta segunda-feira (18) aos 84 anos por complicações ligadas à Covid-19, de acordo com um texto assinado por sua família em uma rede social.


“Queremos agradecer a todos no Centro Médico Walter Reed pelo tratamento. Perdemos um grande marido, pai, avô e um grande americano”, diz o texto. Ele morreu na cidade de Bethesda, no estado de Maryland, perto de Washington DC.


Powell serviu como principal oficial militar e diplomata dos Estados Unidos em governos de presidentes do Partido Republicano. No entanto, ele anunciou que votou em Joe Biden nas últimas eleições.


Ele foi conselheiro de Segurança Nacional na Administração de Ronald Reagan; chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, e secretário de Estado de George W. Bush até 2005 (nos EUA, esse é o nome do cargo do chefe da diplomacia). Ele se aposentou do Exército como general de quatro estrelas.


Powell foi o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos durante a primeira Guerra do Golfo em 1991, durante o governo de George H.W. Bush.


Na época da invasão do Iraque, em março de 2003, já com George W. Bush na Presidência, ele era secretário de Estado.


Quando Barack Obama foi eleito, em 2008, ele afirmou que ficou emocionado. Na ocasião, ele afirmou: "Mesmo que alguém tenha votado no Obama, ou não, é preciso sentir um orgulho enorme pelo fato de que fomos capazes de conseguir isto". Ele tinha anunciado apoio a Obama uma semana antes das eleições.


A notícia da morte foi publicada pela família em uma rede social. Leia abaixo a íntegra do texto.


"O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos EUA e chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas morreu nesta manhã por causa de complicações ligadas à Covid-19. Ele estava plenamente vacinado. Queremos agradecer a todos da equipe médica do Centro Médico nacional Walter Reed por terem tratado dele atenciosamente. Nós perdemos um marido, um pai e um avô extraordinário, e um grande americano."


Segundo os estudos conduzidos com as vacinas em uso contra a Covid-19, os imunizantes diminuem, mas não zeram a chance de casos graves e de morte pela doença. É por isso que, além de se vacinar, é preciso manter as outras medidas de proteção contra a doença.


Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que os números da queda de mortes estão entre os dados que já mostram a efetividade da vacina em grupos (sobretudo idosos) que estão totalmente imunizados.


Guerra do Iraque

Powell era inicialmente contrário à invasão do Iraque, mas em fevereiro de 2003 ele mudou de ideia. Em um discurso nas Nações Unidas, ele afirmou que os serviços de inteligência dos EUA tinham encontrado evidências de que o regime iraquiano tinha armas de destruição em massa, e que era preciso acabar com isso.


Como ele tinha credibilidade entre políticos tanto do Partido Republicano como do Partido Democrata (e também na mídia), conseguiu convencer o establishment americano da necessidade de invadir o Iraque.


No entanto, o Iraque nunca teve armas de destruição em massa. Todas as informações que Powell apresentou no discurso na ONU eram falsas.


George W. Bush, ex-presidente dos EUA

"Laura e eu estamos profundamente tristes com a morte de Colin Powell. Ele foi um grande servidor público, começando como soldado durante o Vietnã. Muitos presidentes confiaram nos conselhos e na experiência do General Powell."


"Ele era tão favorito dos presidentes que ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade duas vezes. Ele era muito respeitado em casa e no exterior. E, o mais importante, Colin era um homem de família e um amigo. Laura e eu enviamos nosso sinceras condolências ao relembrar a vida de um grande homem."



Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido

"Colin foi uma figura de destaque na liderança militar e política americana durante muitos anos, alguém de imensa capacidade e integridade, uma personalidade extremamente agradável e calorosa e um grande companheiro, com um senso de humor adorável e autodepreciativo".


"Foi maravilhoso trabalhar com ele. Inspirou lealdade e respeito e foi um daqueles líderes que sempre tratou seus subordinados com gentileza e preocupação. Sua vida é um testemunho não apenas do serviço público dedicado, mas também de uma forte crença na disposição de trabalhar através da divisão partidária no interesse de seu país."


"Lamento muito ouvir a notícia de sua morte. Ele ainda tinha muito a dar. Meus pensamentos e orações estão com Alma e toda sua grande e amorosa família."


Robert Charles, secretário-assistente de Estado de Powell: "Foi provavelmente um dos melhores homens da minha vida", disse Charles à Fox News. "Ele tinha um grande senso de humor e se preocupava profundamente com as pessoas, era um amigo de todos".


Reverendo Al Sharpton, ativista de direitos civis: "Ele era decente e honesto com as pessoas. A integridade sempre esteve em primeiro plano", escreveu o reverendo em uma rede social.


"Minhas condolências à família de Colin Powell. Embora discordássemos em muitos assuntos, sempre o respeitei e me orgulhei de suas conquistas. Quando ele e eu nos encontrávamos e conversávamos, sempre saíamos sentindo que ele era um homem sincero e comprometido ao que ele acreditava".


Mark Hertling, general americano da reserva: "Ele era um soldado incrível, um líder fenomenal."


Mark Warner, senador pela Virgínia: "O general Powell era um patriota e um servidor público. Que ele descanse em paz."

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