Analista Russo: apoiadores do PT têm poucas chances de vencer Bolsonaro, com Haddad

Com 99% das urnas apuradas, os resultados mostram que Jair Bolsonaro (PSL) – com 46,7% dos votos – e Fernando Haddad (PT) – com 28,37% – vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. Analista russo Vladimir Travkin comentou as chances de a esquerda vencer.



Neste domingo (7), brasileiros foram às urnas para votar nas presidenciais e no mesmo dia completou meio ano desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para Travkin, especializado em assuntos da América Latina, Lula seria o candidato com mais chances de ganhar a corrida presidencial se tivesse sido autorizado a se candidatar.
O analista opina que "uma etapa de azares" que perseguia a esquerda, incluindo o impeachment de Dilma Rouseff e prisão de Lula, seja um "contra-ataque das forças da direita no maior país da América Latina, do qual depende o rumo que irá tomar todo o continente".
"A diferença de votos [entre Bolsonaro e Haddad] é bastante grande […] e os apoiadores do PT se mobilizarão certamente para conseguir a vitória, mas suas chances são bastante pequenas com muitos acreditando que a direita vença", comentou 
No momento, é difícil prever aonde levarão mudanças políticas no país e se haverá nova ditadura, mas é notável a virada da esquerda para a direita na América Latina, e agora Bolsonaro tem muitas chances de ganhar as presidenciais.
É difícil dizer o que eles [direita] farão em seguida, mas está claro que o sistema criado por Lula, pelo PT, que previa uma união entre a esquerda e uma parte da burguesia nacional que deveria participar no processo de reformas […] começou a entrar em crise, ou até desapareceu por completo", sublinhou o especialista.
Daqui a três semanas, os eleitores decidirão quem será o presidente. O 2º turno das eleições está marcado para 28 de outubro e será disputado por Jair Bolsonaro que tinha quase 50 milhões de votos (PSL) e Fernando Haddad com mais de 30 milhões (PT), segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral. O terceiro lugar ocupou Ciro Gomes (PDT), obtendo um pouco mais de 13 milhões.

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