Donald Trump planeja reabrir comércio nos Estados Unidos, se casos do Coronavírus diminuírem até 1° de Maio



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, definiu uma série de diretrizes a serem anunciadas ainda nesta quinta-feira, 16, para ajudar os estados americanos a flexibilizar suas medidas de distanciamento social. 

A medida do presidente acontece mesmo diante do alerta de empresários, legisladores e governadores de que a falta de testagem em massa no povo americano pode dificultar qualquer tentativa de reabrir o país. 

Em um documento obtido pela CNN americana e oferecido aos 50 governadores do país durante uma ligação na tarde desta quinta, a Casa Branca especificou quando os estados devem começar a afrouxar suas regras de distanciamento social.

Capacidade pré-coronavírus

O levantamento do governo incluía como parâmetros para a flexibilização um período de 14 dias corridos com queda no número de casos confirmados e o retorno da capacidade dos hospitais às condições pré-coronavírus.  

Os estados devem trabalhar para ter a “habilidade de montar rapidamente postos seguros e eficientes de testagem” e “rapidamente e de forma independente oferecer equipamentos de proteção pessoal” em hospitais, descreveu o documento, exaltando ações sem participação do Poder Executivo. 

Esta etapa do plano ainda encoraja todas as pessoas a continuar com as práticas de higiene mais rígidas e “considerar fortemente” o uso de máscaras em público. O texto ainda recomenda que empregadores adotem o distanciamento social, checagem de temperatura, testagem e práticas de sanitização dentro de seus ambientes de trabalho. 

Na primeira fase da reabertura, o documento sugere que as escolas que estão fechadas devem permanecer assim. Já grandes estabelecimentos, incluindo alguns restaurantes, podem voltar a operar sob protocolos rígidos de distanciamento social. Academias também podem ser reabertas desde que mantenham as regras de distanciamento, mas bares devem permanecer fechados.

As diretrizes, criadas para acelerar a meta de Trump de reabrir uma economia em sofrimento, não serão obrigatórias e a última palavra sobre como e quando reabrir estabelecimentos continuará nas mãos dos governadores, individualmente. 

Alguns deles, como Andrew Cuomo, de Nova York, já estenderam as medidas de isolamento até a segunda quinzena de maio. Outros aderiram a coletivos regionais que determinarão seus próprios planos de reabertura, como no acordo feito entre sete governadores republicanos e democratas do Meio-Oeste americano. 

Mas Trump, determinado em ver o retorno a normalidade dos americanos presos em casa, quer oferecer pelo menos uma estrutura de como os lugares podem reabrir apesar da falta de capacidade de testagem em massa até mesmo nas grandes cidades dos Estados Unidos. 

“Vocês irão determinar suas próprias ordens”, disse o presidente na ligação com os governadores, de acordo com uma fonte que participou da conversa. 

“Eu tive a chance de conhecer quase todos vocês, a maioria de vocês eu já conheci bem. Todos são pessoas muito capazes. E vocês tomarão suas próprias decisões. Nós estaremos ao lado de vocês e trabalhando para ter nosso país aberto e nosso povo trabalhando, e nosso povo quer estar trabalhando”, completou o líder, que busca a reeleição em 2020.

Meta

Trump defendeu que estabeleceu o dia 1° de maio como meta para o início do processo de reabertura do país depois de consultas com os médicos Anthony Fauci e Debora Birx, líderes da força-tarefa da administração Trump contra a pandemia. 

O republicano definiu a data como resultado de uma “negociação”. “Foi uma certa negociação de que essa é a maneira como as coisas devem ser”, disse Trump aos governadores. “Eu acho, e eu espero que as coisas sejam feitas dessa forma, mas todos nós queremos ver as coisas abertas.”  

Antecipando as novas recomendações, o presidente dos Estados Unidos já havia dito na quarta-feira 15 que o país havia “passado pelo pico de novos casos” e estava pronto para uma nova série de diretrizes federais sobre como reabrir certas partes da economia. Ele ainda admitiu que alguns estados estarão prontos para retomar suas atividades antes que outros e insistiu que sua principal preocupação no momento continua sendo a segurança e saúde dos americanos. 

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