Guerra dos drones: Putin confirma que forças russas atingiram a sede da inteligência militar da Ucrânia, e Rússia é atingida pela primeira vez


O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as Forças Armadas da Rússia foram forçadas a responder à guerra desencadeada pela Ucrânia em Donbass, mas ao contrário de Kiev atacam apenas a infraestrutura militar.

"As Forças Armadas da Rússia, que foram forçadas a responder, a Rússia foi forçada a responder à guerra desencadeada pelo regime ucraniano em Donbass [...] com o lançamento de uma operação militar especial. Elas [Forças Armadas da Rússia] atacam o território da Ucrânia, mas com armas de longo alcance e alta precisão especificamente contra instalações de infraestrutura militar ou depósitos de munição", disse Putin em uma exposição dedicada à economia criativa.


Ao mesmo tempo, ele confirmou que a Rússia atacou "há dois ou três dias" o quartel-general da inteligência militar da Ucrânia.

Além disso, o líder russo, comentando o ataque de drones ucranianos a instalações da região de Moscou nesta terça-feira (30), disse que as tentativas de Kiev de provocar uma reação da Federação da Rússia causam preocupação, os cidadãos da Ucrânia devem entender isso.

"As tentativas de provocar uma resposta da Rússia são preocupantes, parece que se destinam a isso. Eles nos provocam para espelharmos suas ações, veremos o que temos de fazer com isso. Mas os cidadãos da Ucrânia, que, claro, agora não têm a palavra, porque a Ucrânia desencadeou um terror total contra a população civil, devem mesmo saber o que a atual liderança desse país está provocando", disse o presidente russo em uma exposição dedicada à economia criativa.


O ataque a infraestruturas civis em Moscou confirma quais métodos Kiev usa, acrescentou Putin, apontando que isso é uma atividade terrorista.

"Em resposta, como se sabe, o regime de Kiev escolheu um caminho diferente, o caminho das tentativas de intimidar a Rússia, de intimidar os cidadãos russos e de atacar edifícios residenciais. Isso, é claro, é um indício evidente de atividade terrorista", afirmou líder russo.


Entretanto, o presidente russo assinalou a operação satisfatória dos sistemas de defesa antiaérea durante estes ataques de drones. Embora ainda haja trabalho a fazer, em geral, já é claro o que se deve fazer para a tornar mais compacta, e vamos fazê-lo, declarou ele.

Ele também destacou que "enfrentamos os mesmos problemas no aeródromo de Hmeymim, na Síria".

"E é simplesmente incomparável o território da nossa base aérea em Hmeymim e de Moscou – uma enorme metrópole europeia. Mas, em geral, sabemos o que fazer para compactar a defesa antiaérea da capital, e vamos fazê-lo", disse o presidente.


Nesta terça-feira (30) o regime de Kiev atacou a capital da Rússia com oito drones, todos foram destruídos, informou o Ministério da Defesa da Rússia.

No início da manhã desta terça-feira vários prédios residenciais em Moscou foram danificados na sequência de um ataque de drones, informou o prefeito da cidade, Sergei Sobyanin. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou se tratar de um ataque terrorista.


Pela primeira vez desde o início do conflito, áreas residenciais da capital russa são atacadas por drones ucranianos; capital ucraniana é alvo das aeronaves russas há três dias




Pela primeira vez desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia há 15 meses, Moscou foi alvo de ataques a áreas residenciais. Oito drones ucranianos foram lançados contra edifícios na capital russa. De acordo com o Kremlin, ninguém morreu, mas duas pessoas ficaram feridas. Moradores de regiões próximas aos ataques foram retirados de seus apartamentos e levados a locais seguros. Dos oito drones lançados, três atingiram prédios no sudoeste da cidade, mas nenhuma explosão foi relatada. Imagens registradas por moradores mostram a ofensiva na capital russa.



O assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak negou que a Ucrânia estivesse envolvida, mas disse que previu “um aumento no número de ataques”. Por outro lado, a capital da Ucrânia, Kiev, enfrentou seu terceiro ataque aéreo em 24 horas na manhã de terça-feira (30).


O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que 20 moradores foram evacuados de um prédio atingido e que uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas. Ele advertiu a população a não ignorar os alarmes aéreos, pedindo que fiquem em casa. Na noite desta segunda-feira (29), uma mulher morreu em uma casa após sair na varanda para ver como os drones eram abatidos.  Segundo a emissora estatal da Ucrânia, nas últimas 24 horas, o exército russo bombardeou oito cidades e vilas da região de Donetsk, atingindo 26 alvos civis, ferindo dez pessoas e matando outras duas. No vídeo abaixo, é possível ver imagens da destruição na capital ucraniana, provocada por intensos ataques de drones lançados nas últimas horas pelas forças russas.


No início do mês, o governo russo acusou a Ucrânia de tentar matar o presidente Vladimir Putin, após a sede do governo russo, em Moscou, ser atingida por dois drones militares. O Kremlin disse que a ação foi um "ataque terrorista planejado" e, por isso, se considerava no direito de retaliar. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou as acusações.


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