Impeachment de Bolsonaro vira ¨carta na manga¨ de Rodrigo Maia


O deputado distrital Leandro Grass (Rede-DF) apresentou nesta terça-feira (17) na Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Na representação, o parlamentar argumenta que o presidente cometeu crime de responsabilidade ao apoiar manifestações populares contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Grass diz também que Bolsonaro cometeu falta grave ao afirmar, sem apresentar provas, que as eleições de 2018 foram fraudadas.

Em entrevista ao site, Rodrigo Prando, cientista político, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, disse que "a grande questão do processo de impeachment é entender como as forças políticas e sociais vão entender a figura do presidente e de uma crise de pandemia".

"Ele [o pedido de impeachment] está nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o mesmo que é atacado dia sim e noutro também pelo presidente, pelos bolsonaristas e pelo entorno do núcleo duro do bolsonarismo dentro do Palácio do Planalto", disse.
Porém, de acordo com Rodrigo Prando, "por enquanto" é difícil Maia dar qualquer andamento a um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.

"Ao que tudo indica, por enquanto, o presidente Rodrigo Maia disse que não será ele o responsável pelo acirramento da crise, acatando este pedido de impeachment [...] Ressaltando, por enquanto, porque sempre será uma carta na manga do presidente da Câmara, que pode usá-la", afirmou.
Rodrigo Prando disse que o papel de Bolsonaro na condução do combate ao novo coronavírus será um elemento chave para o andamento ou não do processo de impeachment.

"A grande questão é a seguinte, a presença do presidente servirá como um elemento de confiança e de calma que a situação reclama ou se a presença do presidente Bolsonaro em uma situação de medo vai atrapalhar ou aprofundar as dificuldades", completou.

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