Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, estão reunidos em Helsinque, na Finlândia, nesta segunda-feira (16). Uma conversa dos dois líderes, que durou mais de uma hora e meia, teve como testemunhas apenas seus intérpretes.

"Foi um começo muito bom", afirmou Trump, depois do encontro privado.
Antes da reunião, Trump tinha tuítado mensagem dizendo que as relações entre os dois países "nunca foram piores".
Seguindo a programação prevista, os presidentes participam de um almoço de trabalho, acompanhados por um grupo, no Salão de Espelhos do Palácio Presidencial, e depois concederão uma entrevista coletiva.
Antes do início da conversa privada, que começou com mais de 40 minutos de atraso no Salão Gótico, Putin afirmou diante dos jornalistas que é hora de falar sobre as relações entre Rússia e Estados Unidos, além de questões internacionais. Entre os assuntos que serão abordados na reunião, Trump destacou a China e o combate às armas nucleares.

'Relações nunca foram piores'

Trump disse esperar conseguir estabelecer uma "relação extraordinária" com o mandatário russo. Para Trump, entender-se bem com a Rússia é "uma boa coisa". Mais cedo, Trump tinha tuitado uma mensagem em que dizia que os laços com a Rússia "nunca foram piores" e culpou "anos de tolices e estupidez" dos EUA pela má relação. O ministério das relações exteriores russo retuitou a mensagem de Trump com o comentário: "Nós concordamos".


Enquanto Trump conversa com Putin, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, participou de uma reunião paralela com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Putin e Trump darão uma entrevista coletiva, mas não devem divulgar um documento conjunto, como adiantou um porta-voz do Kremlin na última sexta-feira.

Pauta de discussões

Além das sempre conturbadas relações entre EUA e Rússia, outros assuntos devem tornar a pauta de discussões ainda mais delicada: os países combatem em lados opostos na Síria, a questão da anexação da Crimeia pela Rússia e a crise diplomática provocada pelo envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido este ano.
Trump já afirmou que voltará a questionar Putin sobre a questão das eleições presidenciais americanas em 2016, embora admita que o russo jamais confessaria um possível envolvimento, se fosse o caso. Segundo o Kremlin, o desarmamento nuclear global deve ser o tema-chave da reunião.

Antes do encontro com Putin, Trump se encontrou com o presidente finlandês, Sauli Niinistö. O presidente americano voltou a falar da reunião da Otan, da qual participou em Bruxelas, na semana passada. "A Otan nunca foi tão forte, a Otan nunca esteve tão unida. Foi um pouco complicado no início, mas finalmente surgiu o amor", declarou Trump.
Putin deve ter um encontro privado com o presidente finlandês mais tarde, após a conclusão do encontro com Trump.

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