Hacker que invadiu celulares do Ministro Sérgio Moro e Paulo Guedes; Wagner Delgatti Neto pode pegar até 70 anos de prisão


Penas para o hacker podem chegar a 70 anos de prisão com base em dois crimes cometidos

PF suspeita, no entanto, que o número de invasões seja superior ao declarado em depoimento

Walter Delgatti Neto, apontado e preso pela PF (Polícia Federal) como sendo o responsável por invadir celulares de autoridades, poderá ser punido com mais de 70 anos de prisão. Na manhã desta terça-feira (30), Delgatti e outros três presos na Operação Spoofing passarão por audiência de custódia e podem ter a prisão temporária convertida em prisão preventiva.

Em seu depoimento à PF no qual detalhou o método usado para invadir os aparelhos, ele citou 14 nomes entre os quais os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além dos celulares do procurador chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e outros membros do MPF (Ministério Público Federal).

Levando em conta estes números, a soma das penas máximas a ser aplicadas unicamente pelo crime de “interceptação de comunicação”, que prevê pena de dois a quatro anos de prisão, chegaria a 56 anos. Já os crimes de “invasões de dispositivos de informática”, que podem ser punidas com até um ano de prisão, resultariam em mais 14 anos de cadeia. Somadas as penas, o tempo na prisão poderia chegar a 70 anos.

No entanto, os agentes consideram que ele possa ter tentado invadir um número bem maior do que o declarado. A polícia suspeita, com base nas investigações preliminares, que Delgatti cometeu crimes com ajuda dos outros três presos na Operação Spoofing, o que poderia configurar ainda organização criminosa.

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