Protestos bloqueiam avenidas e complicam trânsito em São Paulo
São Paulo,
15 mai (EFE).- A mobilização organizada pelo Movimento dos Trabalhadores
Sem-Teto (MTST), registrada nesta quinta-feira em diversos pontos de
São Paulo e que também questionava os gastos relacionados à Copa do
Mundo, interrompeu o tráfego de diversas avenidas e complicou o trânsito
na capital paulistana a 28 dias do início da competição.
Segundo
fontes oficiais, pelo menos seis manifestações foram registradas, uma
delas na Radial Leste, em frente à Arena Corinthians, um dos 12 estádios
da Copa, e outras no centro, nas pistas das marginais Pinheiros e
Tietê, além de uma no município de Osasco.
De acordo
com o MTST, os protestos, que supostamente integram uma "jornada de
luta" convocada por diversos movimentos sociais em pelo menos 15
cidades, defendiam as reivindicações levantadas pela Campanha Copa Sem
Povo,
Tô na Rua de Novo, em especial às pautas de Moradia e Reforma Urbana, além da rejeição à Copa.
Fontes
policiais informaram que pelo menos 2 mil manifestantes protestavam nas
imediações da Arena Corinthians, situada em Itaquera, na Zona Leste de
São Paulo.
A maior
parte dos manifestantes pertencia ao MTST, o mesmo que ocupou uma área
ao lado da Arena Corinthians na última semana, mas também havia
integrantes da organização juvenil Juntos! e do "Movimento Não Vai Ter
Copa".
"Esta
manifestação é contra o legado de especulação imobiliária e aumento dos
aluguéis no bairro de Itaquera que a construção do estádio deixou",
disse à Agência Efe Guilherme Boulos, um dos dirigentes do MTST.
Os
manifestantes bloquearam a avenida Radial Leste com pneus incendiados na
altura da Arena Corinthians, onde a seleção brasileira jogará a partida
de abertura da competição contra a Croácia no próximo dia 12 de junho.
A polícia
militar, que acompanhava a manifestação, informou que havia 2 mil
manifestantes no local, embora os organizadores tenha elevado essa
estimativa para 5 mil.
Na ocasião,
alguns torcedores do Corinthians chegaram ao local para dizer aos
dirigentes do MTST que estariam dispostos "a defender o estádio" dos
protestos.
EFE