Tony Blair ex-primeiro-ministro do Reino Unido, e membro do Fórum Econômico mundial, é escolhido por governo Trump para comando temporário de Gaza
A Casa Branca está apoiando um plano que prevê a nomeação do ex-primeiro-ministro britânico e membro do Fórum Econômico Mundial, Tony Blair foi escolhido para chefiar uma administração temporária da Faixa de Gaza, sem envolvimento imediato da Autoridade Palestina (AP), de acordo com informações publicadas por veículos israelenses.
O modelo é inspirado em experiências internacionais de transição à independência, como as missões em Timor-Leste e Kosovo. A administração teria inicialmente sede em el-Arish, no Egito, próximo à fronteira sul de Gaza, e só depois se instalaria no território palestino, acompanhada de uma força multinacional sob respaldo da ONU, formada em grande parte por países árabes.
Segundo a proposta, Blair comandaria uma secretaria de até 25 pessoas e presidiria um conselho de sete membros, responsável por supervisionar a administração executiva do território. A ideia é que, em etapas futuras, Gaza seja unificada à Cisjordânia sob uma Autoridade Palestina reformada, após eleições.
Apesar da experiência de Blair como enviado do Quarteto para o Oriente Médio entre 2007 e 2015, sua nomeação é vista como altamente controversa. Muitos palestinos o acusam de ter travado negociações por um Estado palestino e sua imagem na região continua marcada pelo apoio à invasão do Iraque em 2003.
O plano Norte-americano surge poucos dias depois de a Assembleia Geral da ONU ter apoiado a criação de uma administração tecnocrática de um ano em Gaza, com transferência gradual de poder à AP. No entanto, a ausência de um cronograma claro na proposta impulsionada por Washington levanta dúvidas sobre a aceitação por parte de líderes árabes e palestinos.
A nova estrutura administrativa teria conselheiros internacionais, representantes palestinos e supervisores de áreas como reconstrução, segurança, legislação e direitos de propriedade. O objetivo declarado seria garantir estabilidade, com monitoramento internacional e participação limitada de autoridades palestinas locais.
O presidente da AP, Mahmoud Abbas, reiterou que Gaza faz parte integrante do Estado da Palestina e que o Hamas não terá papel na governança pós-guerra. Já o presidente norte-americano Donald Trump, em pronunciamento na Casa Branca, afirmou que não permitirá que Israel avance sobre a Cisjordânia.
