O Ditador Bolsonaro: Brasil 'não está livre de problema social do Chile' e defende 'endurecimento da lei'



Em meio à convulsão social que já deixou 18 mortos no Chile contra a política neoliberal que o Brasil está copiando, Jair Bolsonaro sinalizou que poderá endurecer o regime contra manifestações no Brasil. E o alvo são os movimentos sociais: “No passado botaram uma vírgula na definição de atos terroristas, exceto movimentos sociais. Isso não pode acontecer” 

 Em meio à convulsão social que já deixou 18 mortos no Chile, Jair Bolsonaro teme que manifestantes que espalhem para o Brasil e disse que conversou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para as Forças Armadas estarem preparadas para reprimir possíveis manifestações. 
 
“Nos preparamos. Conversei com o ministro de Defesa sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos com o que está acontecendo no Chile, e logicamente essa conversa ele leva a seus comandantes, e a gente se prepara para usar o artigo 142 [da Constituição], que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles venham a ser convocados por um dos três poderes”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira pela manhã (hora local) em Tóquio ao conversar com alguns jornalistas depois do café da manhã.
Após encontro com representantes da comunidade brasileira no Japão, Bolsonaro voltou a falar com os jornalistas e defendeu a reforma da lei anterrorismo, que está tramitando no Congresso.

“No passado botaram uma vírgula na definição de atos terroristas, exceto movimentos sociais. Isso não pode acontecer”, disse. Para Bolsonaro, “se a pena for dura vai inibir ações desse tipo e o Brasil não está livre de ter problema semelhante ao do Chile”. 
Segundo o capitão, a ação preventiva a ser adotada “é o endurecimento da lei”, para evitar, por exemplo, mortes de inocentes em ataques como a queima do metrô no Chile.

 Bolsonaro ameaça usar tropas contra o povo em caso de protestos como os do Chile

Jair Bolsonaro chamou de "atos terroristas" os protestos em andamento no Chile contra o fracasso da política neoliberal do presidente Sebastián Piñera.

E mais: disse que as tropas brasileiras devem estar preparadas para "fazer a manutenção da lei e da ordem" caso a onda de insatisfação dos chilenos se repita nas ruas brasileiras.
"Praticamente todos os países da América do Sul tiveram problemas. O do Chile foi gravíssimo. Aquilo não é manifestação, nem reivindicação. Aquilo são atos terroristas. Tenho conversado com a Defesa nesse sentido. A tropa tem que estar preparada porque ao ser acionada por um dos três Poderes, de acordo com o artigo 142, estarmos em condição de fazer manutenção da lei e da ordem", disse Bolsonaro em Pequim na manhã desta sexta-feira 25/10.

Bolsonaro insinuou que possui "informes de possíveis reuniões de atos preparatórios para manifestações não legais", mas, para variar, não especificou quais são esses protestos, quem são os responsáveis e quando aconteceriam.
No Chile, Piñera mobilizou as Forças Armadas para reprimir com violência as manifestações populares, o que não acontecia desde o fim da sanguinária ditadura de Augusto Pinochet, em 1990.

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