Possível guerra? Bolton realiza reunião 'rara' sobre Irã na sede da CIA, revela mídia

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, teria realizado uma reunião “incomum” com altos funcionários dos serviços secretos e militares no quartel-general da CIA.

Segundo informa o The Hill, o encontro, realizado no dia 29 de abril, foi descrito como "raro" e "incomum", já que as reuniões de segurança nacional decorrem normalmente na sala de gerenciamento de crises da Casa Branca, e os altos funcionários da Casa Branca e membros do Gabinete não participam normalmente das reuniões da CIA.

O relatório indica que Bolton preparou a reunião para uma discussão sobre o Irã, com a participação dos mais altos funcionários da inteligência e das Forças Armadas EUA, incluindo a diretora da CIA Gina Haspel, o secretário interino de Defesa Patrick Shanahan, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Joe Dunford, o secretário de Estado Mike Pompeo e o diretor da Inteligência Nacional, Dan Coats.
Anteriormente, a NBC News informou que outras reuniões do tipo já haviam sido feitas, citando ex-oficiais de operações da CIA e responsáveis militares.
A reunião foi realizada antes do anúncio do destacamento do porta-aviões USS Abraham Lincoln e de uma força-tarefa de bombardeiros nucleares B-52H para o Oriente Médio, onde o Comando Central dos EUA (CENTCOM) está operando, em meio ao aumento das tensões entre o Irã e os EUA.
A deslocação do grupo naval foi anunciada no dia 5 de maio, tendo sido confirmada por Shanahan, que alegou que a decisão foi tomada "em resposta a indicações de uma ameaça credível por parte das forças do regime iraniano".
Washington está atualmente realizando uma campanha de pressão sobre o Irã, campanha considerada por Teerã como ato de "guerra psicológica", cujos desenvolvimentos recentes incluem a designação do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) como organização terrorista estrangeira e um endurecimento das sanções contra o país.
Em resposta, Teerã anunciou recentemente que planeja suspender alguns de seus compromissos do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA), com o presidente iraniano Hassan Rouhani avisando os Estados signatários que eles têm 60 dias para retornar à mesa de negociações para garantir que os interesses do Irã sejam protegidos pelo acordo.

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