Alerta: 108 milhões de jovens com menos de 19 anos estão obesos, mostra estudo


A pandemia de sobrepeso e obesidade que vem aumentando nas três últimas décadas já afeta a saúde de 30% da população global. Um estudo elaborado por 2,3 mil pesquisadores de 133 países e publicado no The New England Journal of Medicine indica que não só aqueles com índice de massa corporal (IMC) muito elevado sofrem as consequências do excesso de gordura. Dos 4 milhões de óbitos registrados em 2015 ligados ao IMC acima do normal, quase 40% ocorreram em pessoas não obesas, mas com sobrepeso.

"As pessoas que ignoram o ganho de peso estão se colocando em risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e outras condições que ameaçam a vida”, disse, em nota, Christopher Murray, principal autor do artigo e diretor do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação (IHME) da Universidade de Washington. “Essas resoluções pouco sérias de ano novo para perder peso deveriam se tornar compromissos durante o ano inteiro”, afirmou. Entre as enfermidades associadas com o IMC alterado estão câncer de esôfago, colorretal, fígado, bexiga e trato biliar, pâncreas, mama, útero, ovário, rins, tireoide e leucemia.

A partir de estatísticas nacionais de 195 países e territórios referentes a 1980 e 2015, os pesquisadores calcularam o número de pessoas com sobrepeso e obesidade em todo o mundo, além de examinar a relação entre o excesso de gordura corporal e mais de 300 tipos de doenças. Os dados mostram que, em 2015, 2,2 bilhões de crianças/jovens e adultos, ou um terço da população global, tinham IMC acima do normal. Nesse universo, incluem-se 108 milhões de menores de 19 anos e mais de 600 milhões de pessoas com mais de 20 com um índice acima de 30, o que já caracteriza a obesidade.

“A obesidade virou uma pandemia. Era esperado que o número de obesos em 2025 fosse 2,5 bilhões, mas já se chegou a quase isso 10 anos antes. É preciso uma ação governamental coordenada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para um controle mundial”, avalia Osvalmir de Sá, nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia e médico da Clínica Corpometria. “Tem de parar com essa coisa de dizer que o obeso é uma pessoa relaxada, relapsa, e que basta parar de comer e se exercitar. Só isso é ineficaz para lutar contra a obesidade. Existem diversos fatores por trás desse problema, incluindo genéticos”, lembra.




redes de Fast Food estão entre as grandes vilãs da má alimentação, e consequentemente, a obesidade. 




Falhas de abordagem 
No artigo do The New England Journal of Medicine, os autores destacam que, na última década, foram propostas diversas intervenções para reduzir a obesidade, como a restrição de propagandas de produtos alimentícios não saudáveis, melhoria na oferta da merenda escolar, taxação de industrializados e subsídios para alimentos saudáveis, entre outros. “Contudo, alguns países começaram a implementar algumas dessas políticas, mas nenhum grande sucesso populacional foi alcançado”, escreveram.

Para Osvalmir de Sá, é preciso encarar a obesidade como doença crônica e tratá-la como tal. “Só o controle da alimentação não está se mostrando eficaz. O gasto da Previdência com doenças associadas à obesidade é enorme. Não adianta o governo apenas lançar guia alimentar: o obeso já sabe bem o que é fibra, carboidrato, proteína e índice glicêmico. O problema não é esse. Hoje nós sabemos que, quando se consome substâncias como açúcar, são ativados os mesmos receptores neurológicos que agem quando há consumo de droga”, diz. O médico defende o uso de medicamentos para o tratamento da obesidade. “Se bem indicados, eles têm um potencial enorme. Mas o GLP-1, por exemplo, uma nova substância de alta eficácia, ainda é caríssimo. Tem esse problema sério da indústria farmacêutica”, pondera.

Desde os 16 anos, a psicóloga Maria Eduarda*, 29, luta para emagrecer. Ela começou a engordar na adolescência, quando quebrou o joelho e ganhou 12kg. Com o tempo, a balança foi ficando mais pesada. “Já tentei de tudo. Muitas vezes, fazia dieta e, em vez de emagrecer, engordava”, conta. Por seis meses, ela participou de reuniões preparatórias para a cirurgia bariátrica. Mas, perto de fazer o procedimento, desistiu, desestimulada por histórias de pacientes que relatavam efeitos colaterais.

No ano passado, ela chegou aos 144kg. O alarme soou. A psicóloga procurou um endocrinologista, que fez um tratamento hormonal associado a uma dieta hipocalórica. Com 17kg a menos, ela se sentiu estimulada a procurar uma nutricionista e, agora, faz o regime low carb. “Quando tenho vontade de comer alguma coisa, eu me pergunto se vale a pena. Essa é uma mudança de dentro para fora. Se a mudança não vier, você vai continuar doente”, diz Maria Eduarda, que espera alcançar os 70kg.

Anos perdidos
O estudo global de sobrepeso e obesidade mostrou que, em 2015, o IMC alto contribuiu para 120 milhões de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (Daily), um indicador que leva em consideração a morte prematura e os anos vividos com incapacidade. Os pesquisadores destacaram o impacto dos quilos extras no risco de câncer: a cada 5kg/m² no IMC, há 10% de aumento no risco de mortalidade por tumores malignos. A endocrinologista do Instituto Aliança Carolina Meireles, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), destaca que as mulheres estão ainda mais suscetíveis. “Na mulher, a obesidade aumenta em 20% o risco de qualquer tipo de câncer. Nos homens, 14%”, diz.

De acordo com a médica, o tipo de gordura mais associada ao câncer é a visceral, acumulada na barriga. “Esse tecido adiposo estimula o crescimento tumoral, além da produção de marcadores inflamatórios e hormônios”, diz. No dia a dia do consultório, Carolina Meireles atende pacientes oncológicos. Ela diz que poucos se convencem da relação do câncer com a obesidade. “Até entre os médicos essa é uma associação recente. Todo mundo tem medo do câncer e se preocupa com tipos de alimentos e tabagismo, entre outras coisas. Mas a obesidade deveria estar no topo das medidas preventivas”, acredita.



Análise das causas da obesidade que a grande mídia esconde: 




Infelizmente hoje em dia estamos passando por uma epidemia de obesidade,você sai na rua e não é difícil achar dezenas de pessoas acima do peso ou até com obesidade mórbida.
Isso é fruto de uma sociedade cada vez mais acomodada,com pouco foco na saúde e muito foco em coisas desnecessárias,e para piorar agora a mídia e o politicamente correto querem colocar na cabeça de nós que estar acima do peso é belo,normal e saudável,se é belo aí vai de cada um,gosto é gosto,mas que não é normal nem muito menos saudável isso é fato.
Hoje dependendo do jeito que você aborda a situação do sobrepeso corre o risco de ouvir que é "gordofobia"....
Nossa sociedade atual não é saudável em muitos sentidos,mas nem liga para isso,pois se preocupa em querer tornar saudável tudo aquilo que não é...





Arrisco dizer, embora eu tenha certeza que sim, é causado pela vida cada vez mais digitalizada dessas novas gerações, celulares, tablets, videogames, e cada vez menos brincadeiras ao ar livre.

A obesidade não é o único problema, creio que as consequências vão além dela, provavelmente causando problemas psicológicos para além de tornar os jovens cada vez menos capacitados para sobreviver acaso ocorra alguma catástrofe de nível global.





Um problema causado pela ingestão de excesso de carboidratos e gordura vegetal hidrogenada, que agora eles chamam apenas de gordura vegetal; numa vã tentativa de iludir os consumidores.

Além disso, os brasileiros consomem mais de 7 litros de pesticidas e agrotóxicos por ano. Infelizmente, esse sistema de produção de alimentos se transformou numa fonte de doenças para a humanidade, a obesidade é apenas o aspecto mais visível da falta de interesse da elite pela saúde das pessoas. 

Câncer, esquizofrenia, suicídios, homossexualismo, obesidade, problemas cardíacos, depressão, infertilidade, se o aumento de todos esses problemas não tem relação com a péssima alimentação com a qual as pessoas tem se envenenado, sem saber, desde o fim da Segunda Guerra, então eu não sei realmente o que tem causado tudo isso. 

O pior é que a mídia vai focar em "exercícios" e "boa alimentação" para tentar desviar o foco do verdadeiro problema que é essa alimentação escrota e contaminada de hoje em dia. Essa quantidade de obesos não é falta de exercícios apenas, e não importa se você é magro, você ainda está comendo lixo venenoso, a obesidade é apenas mais um dos fatores produzido pela má alimentação. E 90% da população não tem renda para consumir produtos orgânicos, e mesmo que isso fosse uma realidade, não haveria produção de orgânicos o suficiente para atender a demanda. Dessa vez a humanidade está num beco sem saída. Os romanos sabiam que beber vinho em taças de chumbo tinha relação com a infertilidade, loucura, depressão e outros problemas, no entanto não fizeram nada para proibir a confecção de utensílios de chumbo. Muitos senadores receberam propinas para não fazer nada. Hoje ocorre o mesmo, todos sabem dos malefícios que fertilizantes, agrotóxicos e pesticidas provocam na saúde humana, o quanto contaminam o solo e o lençol freático, mas o importante são os recordes de produção e exportação de soja e milho transgênico. O Brasil será o celeiro de comida envenenada para o mundo.








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