A força de um líder
por Bispo Marcos pereira
Durante a maior crise interna, com a
eclosão da Guerra Civil americana em abril de 1861, Lincoln liderou os
Estados Unidos de forma bem-sucedida ao conseguir preservar a unidade do
país, abolir a escravidão e modernizar a economia. Além da convicção e
do conhecimento que detinha sobre aquilo que defendia, Lincoln foi um
habilidoso negociador. Venceu pelo respeito.
Churchill, por sua vez, um estadista
visionário e determinado, foi a principal resistência às forças nazistas
de Adolf Hitler na Europa. Firmado na sua posição, o então
primeiro-ministro britânico simbolizou a luta pela liberdade apelando ao
patriotismo. Ele declarou: “Se pudermos resistir, a Europa poderá ser
livre e o destino do mundo voltar-se para um futuro mais promissor
iluminado ao sol”.
Em ambos os casos, a maior virtude de
Lincoln e Churchill foi incutir nos seus concidadãos certo caráter moral
e uma disposição para a prática de ações virtuosas, independentemente
do quanto ou o do que isso iria custar. Essa é a característica de um
legítimo estadista que tem sua nação como principal objetivo. E é
exatamente desse perfil de liderança que o Brasil carece hoje.
Embora tenhamos alcançado certo sucesso
com o desenvolvimento econômico dos últimos 20 anos, percebe-se no País
uma perda considerável dos sentimentos nacionais e morais. No século 18,
o filósofo alemão Georg Lichtenberg escreveu: “Quando os que comandam
perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”. Não estamos
falando de poder, mas sim de liderança.
O Brasil tem jeito. A caminhada é longa,
os desafios são muitos e intensos, mas temos que lutar. Cada cidadão é
responsável por promover a mudança necessária, porém um grande líder
precisa surgir. Alguém que pense nas próximas gerações, em vez das
próximas eleições, que reconquiste o respeito e a admiração do seu povo.
É possível, sim.