Carvajal: Ex-aliado de Hugo Chávez, tem provas de que Venezuela Chavista e também sob a ditadura bolivariana de Nicolás Maduro ajudaram via PDSVA; PT e outros partidos de esquerda pelo mundo, ao menos por 15 anos em vencer eleições
Hugo Armando Carvajal Barrios, Hugo Carvajal, mais conhecido como “El Pollo” (O frango), ex-general e diplomata venezuelano, tornou-se figura central em investigações sobre narcotráfico internacional após ser preso nos Estados Unidos. Leal a Hugo Chávez durante grande parte de sua carreira, Carvajal foi chefe da Direção de Inteligência Militar (DIM) e acompanhou de perto o núcleo do chavismo, supervisionando operações de espionagem interna e cooperação internacional. De acordo com relatos do próprio ex-general, ele estabeleceu conexões com grupos armados e redes de tráfico de drogas, que utilizavam a Venezuela como rota para a cocaína seguir para os EUA e a Europa.
Após romper com o governo de Nicolás Maduro em 2018, Carvajal se tornou delator, fornecendo informações sobre supostas operações ilegais do Estado venezuelano. Entre suas alegações, feitas em entrevistas e na obra “Carvajal, Lula e o sequestro da América Latina”, ele citou supostos financiamentos ilegais de partidos e líderes de esquerda na América Latina, incluindo o presidente Lula, Néstor Kirchner, Evo Morales e outros, bem como grupos políticos na Europa. Carvajal também denunciou vínculos entre membros das Forças Armadas venezuelanas e grupos guerrilheiros colombianos, como as FARC, além de possíveis conexões com atores estatais de outros países.
Preso na Espanha em 2021 e extraditado para os Estados Unidos em 2023, Carvajal enfrenta acusações de narcotráfico, lavagem de dinheiro e conspiração de narcoterrorismo. Em junho de 2025, ele se declarou culpado em tribunal federal em Nova York, abrindo caminho para que suas informações fossem utilizadas pelas autoridades americanas em investigações sobre redes transnacionais de drogas e corrupção política. Desde então, permanece sob custódia federal enquanto aguarda sentença, e suas revelações continuam gerando repercussão política e diplomática na América Latina.
a ditadura chavista financiou ilegalmente partidos e líderes de esquerda na América Latina e Europa com recursos da petroleira estatal PDVSA, entre os quais Lula (PT). A legislação brasileira considera crime aceitar dinheiro do exterior para financiamento de atividades políticas.
A denúncia ganhou repercussão internacional nesta sexta-feira (17), quando o presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhou em suas redes sociais uma reportagem do site UHN Plus que detalha os depoimentos de Carvajal.
Segundo Carvajal, os repasses ilegais beneficiaram diretamente figuras como o presidente Lula, Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru), Manuel Zelaya (Honduras) e Gustavo Petro (Colômbia), além de partidos como o Podemos (Espanha) e o Movimento 5 Estrelas (Itália).
As declarações fazem parte de um acordo de colaboração que Carvajal firmou com a Justiça norte-americana após sua extradição da Espanha em 2023.
Ele também admitiu envolvimento em atividades de narcotráfico e narcoterrorismo durante sua atuação no alto escalão do chavismo e se comprometeu a entregar documentos inéditos que comprovariam o esquema.
De acordo com os relatos de Carvajal, a PDVSA teria funcionado como uma espécie de “caixa-preta” do socialismo bolivariano, canalizando recursos públicos da estatal para financiar campanhas políticas e projetos ideológicos no exterior.
“O governo venezuelano financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo durante ao menos 15 anos”, afirmou o ex-militar.
O caso também ganhou destaque no Brasil após entrevistas concedidas à jornalista Elisa Robson, que compilou as declarações em seu livro e relatou supostas pressões sobre colaboradores de suas investigações. Parlamentares brasileiros, como Eduardo Bolsonaro, comentaram que as alegações sobre supostas intimidações podem afetar a percepção internacional do país em relação a políticas de combate ao crime organizado e relações diplomáticas, reforçando a complexidade das denúncias e a atenção internacional sobre a atuação de Carvajal como delator.

