Mossad, de Israel, ajudou polícia Federal do Brasil a impedir ataque do Hezbollah, contra Judeus que residem nas fronteiras entre Brasil, Argentina e Paraguai


Chamada de Operação Trapiche contou com a cooperação de agências de inteligência dos Estados Unidos e Israel, que forneceram informações sobre a movimentação de pessoas ligadas ao grupo radical Hezbollah no Brasil. O gabinete do primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu informou em suas redes sociais que a agência israelense Mossad contribuiu com as investigações da PF.





“As forças de segurança segurança brasileiras, juntamente com o Mossad e os seus parceiros (...) e outras agências de segurança internacionais, frustraram um ataque terrorista no Brasil, planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo Irã”, diz a publicação do premiê de Israel.


Ainda de acordo com a publicação, "esta era uma rede extensa que operava em outros países" e os alvos eram "israelenses e judeus no Brasil".


"Tendo como pano de fundo a guerra em Gaza contra a organização terrorista Hamas, o Hezbollah e o regime iraniano continuam a operar em todo o mundo para atacar alvos israelitas, judeus e ocidentais. A Mossad está trabalhando, e continuará a trabalhar, para frustrar estes esforços sempre que necessário, através de vários métodos", escreveu o premiê de Israel.


Dois homens foram presos e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Os alvos serão ouvidos pela PF nesta tarde. Um deles havia acabado de desembarcar no Brasil vindo de um voo do Líbano, onde fica a sede do Hezbollah.


Os investigadores suspeitam que os homens foram aliciados e financiados pelo grupo radical Hezbollah. A PF apurou que eles estavam tirando fotos de locais que poderiam virar alvos de ataques, como sinagogas e centros judaicos.


O Mossad diz que trabalhou com agências de inteligência do Brasil e de outros lugares para impedir o ataque planejado a locais judaicos.


Os dois presos têm nacionalidade brasileira. Há ainda dois mandados de prisão em aberto contra dois brasileiros que estariam no Líbano. A PF inseriu o nome deles na difusão vermelha da Interpol.


Batizada de operação Trapiche, a operação tem como alvo um grupo que teria o objetivo de promover “atos preparatórios de terrorismo”, segundo a nota da corporação. Os suspeitos devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.


Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Minas Gerais e a investigação é conduzida pela Diretoria de Inteligência Policial da PF.




A polícia brasileira informou que prendeu duas pessoas suspeitas de se prepararem para "ataques terroristas", que Israel alegou estarem sendo planejados pelo grupo armado libanês Hezbollah.


Um comunicado divulgado na noite de quarta-feira pela agência de inteligência Mossad disse que prestou assistência ao Brasil na "prisão de uma célula terrorista que era operada pelo Hezbollah para realizar um ataque a alvos israelenses e judeus no Brasil".



Acrescentou que outras agências internacionais também estão envolvidas na operação, mas não os nomeou.


A Polícia Federal informou que deteve dois suspeitos em São Paulo em uma operação para "atrapalhar a preparação de ataques terroristas e obter provas sobre o possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país".


Também foram realizadas 11 operações de busca e apreensão em São Paulo, Brasília e Minas Gerais, informou a polícia em nota. A corporação não citou os nomes dos suspeitos ou dos supostos alvos.


O Mossad disse que os ataques planejados faziam parte de "uma extensa rede que operava em outros países", embora não os nomeasse.


Especialistas em segurança há muito rastreiam supostas atividades do Hezbollah nas áreas de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. O grupo apoiado pelo Irã tem sede no Líbano, onde tem assentos no Parlamento e no governo.


"Dado o pano de fundo da guerra em Gaza (...) O Hezbollah e o regime iraniano continuam a operar em todo o mundo para atacar alvos israelenses, judeus e ocidentais", acrescentou o comunicado do Mossad, publicado no site do primeiro-ministro israelense.


A guerra entre Israel e Gaza eclodiu em 7 de outubro depois que o grupo armado Hamas, aliado do Hezbollah e que controla Gaza, matou pelo menos 1.400 pessoas no sul de Israel e levou mais de 200 cativos. Israel declarou guerra ao Hamas e, desde então, submeteu Gaza a bombardeios implacáveis, matando mais de 10.000 pessoas e ignorando os apelos por um cessar-fogo humanitário.


Cerca de 107.000 judeus vivem no Brasil, e líderes comunitários disseram à agência de notícias Reuters no mês passado que notaram um aumento na atividade antissemita online desde o início do conflito.


"Estamos acompanhando com apreensão e preocupação essa operação da Polícia Federal hoje. O Brasil não tem histórico de terrorismo e esperamos que o conflito no Oriente Médio não seja importado para cá", disse Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Federação Judaica do Estado de São Paulo (Fisesp).


O Brasil tem a segunda maior comunidade judaica da América Latina, depois da Argentina.


Cerca de 250 mil judeus vivem na Argentina, que foi atingida por ataques à embaixada israelense em 1992 e a um centro judaico em Buenos Aires em 1994. Cerca de 114 pessoas morreram nesses incidentes.

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