Roger
interrompe show do Ultraje para reagir a José de Abreu: “Quem está me
pagando é o povo, através de um órgão do governo que não pertence a um
partido político”
O vocalista Roger interrompeu o show de sábado do Ultraje a Rigor no
Festival CCBB de Música Urbana, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo,
para reagir a militantes virtuais do PT como o ator José de Abreu, que
havia questionado sua integridade no Twitter por “meter pau no governo
federal”, mas aceitar patrocínio para se apresentar no evento.
Assista ao discurso, cuja transcrição segue abaixo, assim como os tuítes originais.
Hoje fui atacado no Twitter pela militância virtual do PT, os chamados MAVs.
Gente paga para militar. Gente que, na impossibilidade ou incapacidade de defender suas ideias, ataca a pessoa.
Gente baixa, gente escrota, como o ator global José de Abreu, o dublê de
jornalista Pedro Alexandre Sanches e gente tão covarde e insegura de
suas convicções que se esconde atrás de pseudônimos, como é o caso de
Stanley Burburin.
Fui atacado porque segundo a lógica distorcida desses cretinos, eu
estaria aceitando dinheiro de um governo que não apoio para tocar hoje
aqui, e que isso não seria coerente.
Pois bem, quem está me pagando hoje não é um partido que se considera
dono do Brasil. Um governo honesto deve apenas administrar o dinheiro
que recolhe do povo e devolvê-lo ao povo em forma de serviços, de acordo
com a necessidade desse mesmo povo.
Não vou agora discutir se isso está sendo feito ou não, mas o fato é que
estou sendo contratado para exercer meu ofício, nesse caso, trazer
cultura e diversão para o povo.
Quem está me pagando é o povo, do qual eu faço parte, através de um
órgão do governo que, repito e enfatizo, não pertence a um partido
político, ao contrário do que querem acreditar esses canalhas que me
perseguem por eu exercer meu direito de pensar e me expressar
livremente.
E eu estou com o saco cheio dessa violência indiscriminada, dessa luta
de classes cruel e ignorante que vem sendo incentivada de uns tempos pra
cá.
Somos todos brasileiros. É esse tipo de miséria que eu gostaria que
acabasse no Brasil: a miséria cultural, a pobreza de espírito, a falta
de educação de qualidade. Tenho certeza que, bem educados, ninguém
precisaria de esmolas do governo, assim como eu nunca precisei.