O que vale mais, palavras ou atitudes?

O meio mais eficaz para preparar bem os filhos para o futuro é o bom exemplo dos pais

 Por Bispo Adilson Silva


 Acredito que diante de tudo o que acontece na sociedade e que é divulgado pela mídia a maioria das pessoas tem consciência de que trazer uma criança ao mundo e encaminhá-la rumo a um bom futuro é tarefa cada vez mais difícil. Primeiro, porque se trata de um ser humano que, diferentemente de um robô, não pode ser programado. Segundo, porque, dependendo do meio em que cresce, é mais fácil encontrar influências negativas do que positivas. E, mesmo que os pais façam o melhor pelos filhos, não terão a garantia de que eles seguirão a cartilha do lar.
Por outro lado, isso não pode ser desculpa para que os pais se isentem da responsabilidade que têm na formação do caráter deles.
O fato é que a nobre tarefa de educar requer tempo, dedicação e sacrifício. Isso porque o excesso de proteção pode impedir que a criança cometa erros e se torne um adulto dependente. Porém, a liberdade contínua pode fazer com que se torne uma pessoa totalmente indisciplinada. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio tanto nas proibições como na liberdade.
Outro detalhe importante que os pais precisam entender é que palavras bonitas não poderão apagar as ações negativas que os filhos presenciarem. Mas, antes de qualquer coisa, é importante que eles assumam a responsabilidade da convivência, ou seja, quando a criação é responsabilidade de outras pessoas, mesmo que sejam parentes próximos, a exemplo de avôs e tios, certamente os hábitos delas serão absorvidos na formação do caráter das crianças.
Há um bordão usado por muitos que diz o seguinte: “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Sem dúvida, esse é um dos piores quando se trata da educação dos filhos. Isso porque o que vale para as crianças são os fatos e não as palavras. É o que revela uma pesquisa realizada pela Fundação Kovacs, na Espanha, da qual participaram 4.019 adolescentes e 7.359 pais. Ela deixou claro que a conduta dos pais influencia também o hábito dos filhos. Assim, se os pais são viciados, falam palavrões, mentem e traem, como poderão exigir que os filhos façam diferente?
O meio mais eficaz para preparar bem os filhos para o futuro é o bom exemplo dos pais. Sem isso, disciplina rígida e cobranças só servirão para fazê-los revoltados pela injustiça de exigir deles o que os próprios pais não fazem. 
fonte: Folha Universal
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