Pinchamento, a nova modalidade de justiça social



Creio que nem o pessoal dos direitos humanos defende pichadores. Eis aí um grupo social que merece algum respeito — de seus próprios frequentadores, e só. Ô, raça. A unanimidade negativa é tamanha que conseguiram uma proeza: abrir uma exceção para caso de linchamento — ou melhor, "pinchamento", com o perdão pelo neologismo.

Claro que estou me referindo ao casal de jovens que foi pego em flagrante pichando uma pedra que é ponto turístico em Prainha Branca, no Guarujá (SP). Os justiceiros que testemunharam o ato de vandalismo não tiveram dúvida quanto à sentença: olho por olho, cobriram o corpo dos dois com tinta preta.

[Imagem: c2.jpg]


Segundo testemunhas, tudo foi feito sem violência (a não ser psicológica, imagino). Ninguém foi amarado a um poste — e a humilhação, convenhamos , foi exemplar, inesquecível. Eis um caso raro em que se fez justiça com as próprias mãos e ninguém saiu ferido, fora as escoriações morais da dupla.

Evidentemente que se trata de uma situação atípica, e não se recomenda que se torne hábito. Não dá pra contar sempre com o bom senso de populares. Bastava um único cidadão mais exaltado para que o incidente tivesse outras consequências, bem mais graves.

Mas fica a lição, que, convenhamos, deveria ser praticada pelos pais desses garotos que emporcalham as cidades com sua frustração mal resolvida. Não aprendeu em casa, vai aprender na rua.

Fonte:
R7: Pinchamento, a nova modalidade de justiça social

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