a Indútria alimentícia não brinca

70% das doenças modernas são de origem animal e grande parte delas ligadas à pecuária, afirma ONU em novo relatório

Por Fabio Chaves

Carnes, ovos e laticínios: ruins para os animais, ruins para a sua saúde, ruins para o meio ambiente. Bons para os latifundiários pecuaristas.

A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que apareceram nas últimas décadas, caso nosso apetite por produtos de origem animal não fosse tão forte como é hoje. Carnes – especialmente de frango, porco e boi -, peixes, laticínios e ovos estão entre os vilões da saúde segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira (16) pelas Nações Unidas (ONU).

Através da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a ONU alertou em seu relatório intitulado “World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes.” (“Pecuária Mundial 2013: Mudando o Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a busca por mais alimentos de origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente: “O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma espécie para outra e como se espalham.” – diz o texto.

Clique aqui  para ler o relatório na íntegra (em Inglês)

O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é ainda mais nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes quantidades de proteína de origem animal demanda quantidades imensas de recursos naturais. Com o meio ambiente afetado, a tendências de novas doenças surgirem é maior. Por causa da globalização, há ainda maior facilidade de um novo vírus se espalhar, como já aconteceu com as gripes aviária e suína. Segundo a ONU, nenhuma outra atividade humana exige tantos recursos naturais como terra e água como a criação de animais para o consumo de sua carne e para a produção de leite, ovos e outros produtos de origem animal.

Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a produção de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma vez que a proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do ambiente colaboram para a proliferação de doenças. Contudo, ainda segundo o relatório, mesmo nos casos em que os animais são criados de forma extensiva, há risco de doenças serem levadas por grandes distâncias e afetarem outras regiões.

Quanto mais o mundo consome produtos de origem animal, mais animais precisam ser criados em espaços cada vez menores e mais antibióticos e hormônios são dados a eles. É um ciclo perigoso.

Em resumo, quando você consome algum produto de origem animal, está prejudicando os animais, sua saúde e a saúde da humanidade como um todo, colaborando para o surgimento de doenças através da criação dos animais que deram origem ao produto que você consumiu.

Fonte: Vista-se

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