A arte do engano: Inteligência artificial substitui âncoras humanos e apresenta telejornal na China; confira o resultado




O “boom” da inteligência artificial (IA) vai muito além de chatbots como o famoso ChatGPT. Na China, uma nova utilidade da tecnologia despertou o interesse e também a crítica do público.


O país anunciou esta semana a jornalista virtual Ren Xiaoron, sua nova âncora de telejornal criada por IA. Ren começou atuando no “People’s Daily”, um jornal estatal chinês.


Na sua estreia na TV, Ren disse que foi treinada com habilidades de “milhares de âncoras”.

“Por 365 dias, estarei relatando notícias, 24 horas por dia, sem descanso”, afirmou.

Diferente de um jornalista humano, Ren segue apenas o que está escrito em um roteiro programado, sem autonomia para mudar seu discurso ao vivo.

Confira um trecho da apresentação abaixo:



Os criadores por trás da ideia disseram ao The Sun que a jornalista foi programada para responder questionamentos sobre tópicos específicos, como educação, saúde, emprego e proteção ambiental, por exemplo, ou seja, parece que não há espaço para tratar de assuntos mais pontuais ou polêmicos.


No fim, a reposta do público foi na maioria positiva. No Weibo (uma espécie de Twitter da China) muitos elogiaram a apresentadora. Entretanto, Ren não passou ilesa das críticas. Um dos usuários disse que não entendeu o motivo de preferir usar um robô no lugar de um âncora “real” para transmitir as notícias.


Será que a moda pega? Vale lembrar que o portal CNET também tentou usar IA para escrever artigos e a estratégia não correu como o esperado.


Experimento de longa data

Ren não foi a primeira jornalista virtual da China. O primeiro apresentador alimentado por IA foi apresentado em 2019 e se chama Guo Guo, progamado para se portar como um repórter da “vida real” chamado Guo Xinyu. 

Desde então o mesmo foi tentado por outros meios de comunicação estatais chineses (Xinhua, Beijing TV, Hunan TV e CCTV), segundo as informaçoes do What’s on Weibo.

Durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim, também houve um anfitrião virtual e o primeiro apresentador de linguagem de sinais de IA da China, acrescenta a publicação.

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