POR IDEOLOGIA DE GÊNERO: ESCOLAS DA FRANÇA SUBSTITUIRÃO “PAI” E “MÃE” POR “RESPONSÁVEL 1” E “RESPONSÁVEL 2”



As escolas francesas estão prestes a substituir as palavras “mãe” e “pai” por “parent 1” e “parent 2” segundo a legislação aprovada no início desta semana, explica o jornal Liberation. O termo pode ser traduzido como “pai” ou “responsável” e os termos neutros substituirão os tradicionais na documentação escolar, prevê uma nova legislação.

“Esta alteração visa enraizar a diversidade da família das crianças nas formas apresentadas na escola”, enfatizou Valérie Petit, deputada do partido REM, o mesmo do presidente Emmanuel Macron. De acordo com Petit, os formulários administrativos atuais não aceitam famílias do mesmo sexo. “Temos famílias que não querem se ver presas a modelos sociais e familiares bastante antiquados. Para nós, esta mudança é uma medida da igualdade social, que deve ancorar a diversidade da família na lei”, disse ela.

Família tradicional ainda é maioria

Legisladores conservadores condenaram a legislação, lembrando que a maioria das famílias permanece sendo formada por um pai e uma mãe.

“Quando ouço as pessoas dizerem que isso é um modelo antiquado, gostaria de lembrar que hoje entre os contratos matrimoniais celebrados, cerca de 95% são homem-mulher”, enfatizou o deputado conservador Xavier Breton.

Os conservadores também disseram que a nova redação dissolverá os conceitos básicos da família.

O deputado Fabien Di Filippo condenou o projeto como um exemplo de “uma ideologia assustadora, que em nome do igualitarismo ilimitado promove a remoção de pontos de referência, inclusive os que dizem respeito à família”.

Curiosamente, até mesmo organizações liberais, como AFDH, associação francesa que apóia pais do mesmo sexo, afirmaram que a linguagem proposta não é perfeita, porque os números 1 e 2 implicam que um dos pais é de alguma forma mais importante que o outro.

“Quem é o ‘pai número 1’ e quem é ‘pai número 2’?” perguntou o presidente da AFDH, Alexandre Urwicz, acrescentando que a legislação precisa de mais retrabalho.

O projeto ainda precisa ser votado pelo Senado, que é dominado por parlamentares de direita. Isso pode fazer com a proposta legislativa volte à Assembléia Nacional para emendas e uma leitura final.

A ideia de substituir “mãe” e “pai” por “responsáveis” numerados apareceu pela primeira vez durante os debates de uma lei de 2013, que legalizava o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Depois disso, algumas cidades adotaram a linguagem em suas escolas, com Paris sendo a mais recente.

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