Uma nova crise econômica: 'Mudanças tectônicas' no sistema financeiro global ameaçam mundo com nova crise


Os especialistas financeiros destacam mudanças consideráveis no mundo financeiro. Assim, se antes os títulos do Tesouro dos EUA representavam um investimento livre de risco, agora eles já não o são.
Especialistas do Deutsche Bank, citados pelo portal VestiFinance, sublinharam que a taxa de rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de cinco anos é maior do que o dos títulos da dívida pública de dez anos de qualquer outro país do grupo G10.
"É uma experiência bastante rara. Os EUA não só têm um rendimento real e nominal maior, mas também o rendimento dos títulos de cinco anos é maior que o dos títulos de dez anos de qualquer país do G10, exceto a Austrália, com o 2,82%", explicaram eles.

Além disso, a agência Bloomberg observou que a taxa de rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos é superior ao rendimento dos títulos da dívida pública de dez anos do Canadá e da Itália. Quanto aos títulos do Tesouro dos EUA de três meses, seu rendimento agora excede o dos títulos de dez anos da maioria dos países desenvolvidos.
Os especialistas financeiros afirmaram que o nivelamento da curva de rendimento – a representação gráfica da relação entre o rendimento e a maturidade de títulos da dívida pública – é um sinal bastante seguro de uma futura recessão.
Em alguns países, por exemplo, na Rússia e no Japão, as mudanças nos mercados de dívida se devem à atividade dos bancos centrais. Pelo contrário, o mercado dos EUA é influenciado por fatores mais tradicionais.
O sistema da Reserva Federal (banco central dos EUA) empreende uma política mais restritiva, e os analistas esperam que as autoridades financeiras dos EUA emitam mais instrumentos de dívida pública, enquanto o déficit orçamentário poderia atingir uma taxa recorde.

Os especialistas indicam que as "mudanças tectônicas" nos principais mercados de dívida poderão ter graves consequências para todo o sistema financeiro.
Quanto aos fatores externos, os especialistas também destacam o papel da China. Assim que surgiu a ameaça da guerra comercial entre a China e os EUA, Pequim aplicou uma política monetária que teve uma influência considerável sobre a cotação do dólar e a dinâmica dos títulos do Tesouro.

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