Mistério em quartel: 21 metralhadoras ‘somem’ de sede do Exército na cidade de Barueri, no Estado de São Paulo


O Exército Brasileiro em Brasília enviou uma comitiva a um quartel em Barueri, no interior de São Paulo, depois que 21 metralhadoras sumiram do local. O desaparecimento das armas foi notado no último dia 10 e, desde então, cerca de 480 militares estão retidos. Eles não podem ir para casa e tiveram seus celulares recolhidos.


O caso aconteceu no Arsenal de Guerra, sendo que desapareceram 13 metralhadoras calibre .50, que têm poder de derrubar até aeronaves, e oito metralhadoras calibre 7,62. O sumiço foi notado durante uma conferência interna, assim, a comitiva visa apurar se as armas foram desviadas ou furtadas.


Em nota, o Exército informou que o todo o arsenal levado é “inservível”, ou seja, não estaria funcionando e passaria por manutenção. Porém, segundo reportagem da TV Globo, as metralhadoras teriam sido retiradas aos poucos do quartel para não chamar a atenção.


Especialistas alertam para o perigo das armas desaparecidas, que na mão dos criminosos vão oferecer um grande potencial de fogo. A metralhadora calibre .50, por exemplo, mede 1,68 metro e pesa 38 kg. Ela dispara de 450 a 1,2 mil vezes por minuto, tendo uma precisão de alcance de 1,5 km.


Apesar de não participarem diretamente das investigações, a Polícia Civil e a Polícia Militar estão fazendo buscas a procura das metralhadoras que desapareceram. Até a manhã desta segunda-feira (16), nenhuma arma havia sido localizada e nenhum suspeito foi preso.


Veja abaixo a nota do Exército na íntegra:

“O Comando Militar do Sudeste informa que, no dia 10 de outubro de 2023, em uma inspeção do Arsenal de Guerra de São Paulo, foi verificada uma discrepância no controle de 13(treze) metralhadoras calibre.50 e 8 (oito) de calibre 7,62, armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção. Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar.

Toda tropa está aquartelada de prontidão (cerca de 480 militares), conforme previsões legais, para poder contribuir para as ações necessárias no curso da investigação. Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação.

Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada.”

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