UPGRADE DO CAOS: Nova tecnologia usada pelo ChatGPT permitirá que IA produza respostas a partir de imagens; Microsoft revela que GPT-4 será usado no Bing Chat

A OpenAI, empresa criadora do ChatGPT, anunciou nesta terça-feira (14) o lançamento da tecnologia GPT-4. Uma evolução da GPT-3.5, a ferramenta é um modelo de linguagem que permitirá o uso do imagens como input, além de respostas mais precisas. No momento, apenas usuários do ChatGPT Plus, versão paga da IA conversacional, terão acesso ao GPT-4 — e de modo limitado.


Na esteira do anúncio da OpenAI, a Microsoft confirmou que o Bing Chat, sua inteligência artificial para busca, já utiliza o GPT-4. Quando apresentou a busca por chat no Bing, a empresa fundada por Bill Gates disse apenas que a sua IA usava uma versão aprimorada do GPT-3.5 — batizada de Prometheus.


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OBSERVAÇÃO: O nome OpenAI vem da junção das palavras “Open” (aberto, em português) e AI (inteligência artificial, também traduzido).  (Juntando temos algo como INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ABERTA) --- Com isso, a marca remete a um protocolo de tecnologia aberta, que pode ser explorada e até melhorada por outros usuários.


                                                    Sam Altman e Elon Musk - (Foto Reprodução)

Fundada em 2015, a OpenAI foi concebida por dois empreendedores da área de tecnologia: o atual CEO, Sam Altman, e o bilionário Elon Musk (que deixou o comando em 2018). A ideia era desenvolver um projeto livre e seguro, inicialmente para videogames e aplicações parecidas.


No ano seguinte à criação da companhia, a empresa lançou seu primeiro produto no mercado. Chamada de OpenAI Gym and Universe, a tecnologia funcionava como uma plataforma de testes para treinar outros programas de IA.


Nos anos posteriores, o foco se concentrou na pesquisa e desenvolvimento de produtos mais amplos. Neste período, a empresa publicou artigos científicos que explicam didaticamente como funcionavam os serviços de inteligência artificial.


O ápice da OpenAI se deu no fim do ano passado de 2022, quando o ChatGPT chegou ao público geral, mostrando o poder computacional que um produto como esse pode ter. O serviço ganhou notoriedade por responder perguntas complexas, redigir textos personalizados e até criar novos poemas aos usuários. Tudo isso, inicialmente, sem custo.


Tem muita gente de olho

Graças às inovações que a OpenAI tem apresentado ao mercado de tecnologia, a procura pelo serviço tem crescido e a empresa encheu o caixa. Além de já ter recebido investimentos de fundos conhecidos mundialmente, como Sequoia Capital e Tiger Global, algumas companhias de tecnologia trabalham para criar ou ampliar posição na marca.


Só a Microsoft destinou, recentemente, cerca de US$ 10 bilhões na marca desenvolvedora do ChatGPT. A gigante da tecnologia já integrou o sistema ao seu buscador Bing, como uma forma de torná-lo mais atraente aos olhos dos internautas em detrimento ao rival Google.


Em janeiro, investidores disseram que o valor de mercado da OpenAI está em cerca de US$ 29 bilhões, relatou o diário estadunidense The Wall Street Journal. No entanto, essa avaliação pode aumentar ainda mais, já que a startup negocia uma venda de mais de US$ 300 milhões em ações, e já tem duas candidatas na fila, Thrive Capiral e Founders Fund.


Como a OpenAI ganha dinheiro

Uma dúvida muito frequente em relação ao modelo de negócio das empresas que têm produtos de código aberto é sobre o faturamento. Isso porque, teoricamente, seus produtos são gratuitos, já que eles podem ser explorados -e também otimizados- por outras marcas.


No caso da OpenAI, sua principal fonte de recursos é o licenciamento dos seus serviços para outras. Já existem diversos serviços que incorporam essa inteligência artificial por meio de API, e pagam por isso. O cálculo da fatura é feito a partir do número de palavras que o sistema usa para ler e responder uma demanda, também conhecidos como tokens.


Um desses serviços é o ZapGPT, que levou o software para o WhatsApp, o aplicativo de troca de mensagens mais usado no Brasil. A EnablersDAO tem uma base de assinantes e repassa parte do faturamento à OpenAI, de acordo com a quantidade de vezes e a complexidade das demandas que os clientes fazem com a API do ChatGPT.


Além disso, a empresa lançou, no mês passado, uma assinatura do ChatGPT para pessoas físicas, com diversas melhorias em relação à gratuita. Por US$ 20 ao mês (cerca de R$ 100), os assinantes têm preferência nas respostas e em futuras atualizações do sistema, e também podem usar o serviço de forma ilimitada profissionalmente, caso deseje. Ainda não já dados do número de pagantes.


Principais serviços

O ChatGPT não é o único produto lançado pela OpenAI. Atualmente, o portfólio da marca conta com outros dois produtos:


ChatGPT: lançado em novembro de 2022, serviço que interage com usuários como uma janela de conversas. Por meio do modelo de linguagem computacional GPT-3, ele é capaz de criar textos com uma performance que imita a de um ser humano, porém com mais agilidade. Contudo, nem sempre as respostas são confiáveis e, em alguns casos, o próprio sistema orienta a busca por outras fontes para esclarecer questões.


Dall-E: outro produto da OpenAI -e que também desfrutou de certa popularidade- cria figuras e imagens visuais a partir de uma descrição do usuário. Em operação desde julho do ano passado, o algoritmo consegue mesclar fotos, padrões de pintura e até estilos artísticos em um mesmo quadro.


A versão disponível hoje é uma evolução da lançada em janeiro de 2021, contando com desenhos mais realistas e que chegam a ter uma resolução 4 vezes mais alta.


Whisper: esse foi criado para o reconhecimento automático da fala, função conhecida como ASR, na sigla em inglês. Treinado com 680 mil horas de dados sonoros, ele faz a transcrição de áudios em vários idiomas, além da tradução do e para o inglês.


O diferencial deste app é a capacidade de entender os diferentes sotaques e do tratamento que dá para ruídos sonoros. Para funcionar desta forma, o sistema corta um arquivo de áudio em pequenos fragmentos, converte e, por fim, os codifica, criando uma legenda apropriada para o som.



GPT-4 não é salto tecnológico, mas uma "IA humana"

Em seu comunicado, a OpenAI informa que o modelo de linguagem GPT-4 pode ser "menos capaz que um humano em diversos cenários", mas ela exibe desempenho em nível humano em "várias tarefas profissionais e acadêmicas".


A OpenAI usou como exemplo o desempenho da IA no exame de advogados dos Estados Unidos. Segundo a empresa, a tecnologia teve uma pontuação próxima das 10% melhores notas — ou nota superior a 90% dos outros candidatos. Em comparação, o GPT-3.5 ficou entre os 10% piores resultados.


A empresa relatou brevemente os bastidores de desenvolvimento do GPT-4. Como explicado pela OpenAI, o treino com o GPT-3.5 foi fundamental para que os testes com o GPT-4 fossem surpreendentemente estáveis. Ao conhecer os bugs na versão 3.5, a OpenAI conseguiu prever com mais facilidade o desempenho do GPT-4.


ChatGPT Plus estreará GPT-4 — cuja diferença é "sutil"

O ChatGPT Plus, versão paga da IA conversacional, estreará o uso do GPT-4 na OpenAI. O uso do novo "motor" da inteligência artificial será limitado: a demanda e desempenho do sistema será responsável por ajustar a capacidade do GPT-4. A OpenAI espera que o sistema opere de modo restrito no início.


Para driblar esse problema, a empresa estuda criar um novo plano de assinatura — caso o volume de uso do GPT-4 fique muito alto. A tecnologia será liberada na versão gratuita "em algum momento".


E qual a diferença entre os modelos? Se você já usa o Bing Chat e "brinca" com o ChatGPT vez ou outra, pode avaliar o que muda entre as tecnologias (quase nada). A própria OpenAI diz que a diferença entre o GPT-3.5 e GPT-4 são "sutis".


O novo modelo de linguagem, de acordo com a empresa, é superior em tarefas mais complexas — na qual o GPT-4 é "mais confiável, criativo e capaz de lidar muito melhor com instruções" que possuem detalhes que podem passar batido pelo GPT-3.5.

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