Por valorização da moeda Russa: Vladimir Putin exige que líderes europeus paguem em rublo por gás russo


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, definiu que quem não realizar o pagamento do gás russo em rublos a partir de sexta-feira (1º), estará cometendo um ”calote”. A medida é uma forma de tentar valorizar a moeda russa em meio às sanções sofridas pelo Ocidente. As informações são da Reuters.


Ainda de acordo com Putin, os líderes dos países que não adotarem ao seu pedido terão os contratos interrompidos.


"Se tais pagamentos não forem feitos, consideraremos isso uma inadimplência por parte dos compradores, com todas as consequências decorrentes. Ninguém nos vende nada de graça, e também não vamos fazer caridade”, disse o presidente russo.


Apesar da exigência de Putin, o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmaram que não vão realizar o pagamento em rublo e que “contratos são contratos”.


A Alemanha é o país da Europa mais dependente do gás russo. A Rússia é responsável por 40% do que é distribuído em todo o continente.


Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia


A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.


Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.


Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.


Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.


A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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