Segundo infectologista Ester Sabino, os foliões devem pensar duas vezes antes de pular o Carnaval esse ano. O coronavírus espreita.

Começa nesta sexta-feira o feriadão do Carnaval, a maior festa popular do mundo, e a grande aglomeração de pessoas pelo país levanta a discussão sobre possível proliferação do coronavírus com a chegada de turistas estrangeiros, vindos de todos os continentes.

Rio de Janeiro, Recife e São Paulo já preparam planos de contingência para o Carnaval 2020, em virtude da ameaça do coronavírus. No entanto, as cidades brasileiras estão preparadas para enfrentar o vírus no período carnavalesco? Que cuidados devem ser tomados?

Segundo Ester Sabino, infectologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, o "Carnaval realmente aumenta muito o risco de infecção.

"Com pessoas de vários países vindo para cá existe uma grande chance", afirmou a médica para o blog.

A professora destacou o recente aumento de casos confirmados da doença em diversos países, como Irã, Líbano e Itália, e alertou que o vírus pode estar se espalhando sem controle das autoridades médicas.

"Existe de fato um risco da epidemia estar se espalhando de forma silenciosa, pois muita gente é assintomática. Então é possível que cheguem turistas infectados. E o aglomerado do Carnaval, das pessoas juntas, aumenta muito o risco de transmissão", argumentou ela.
Apesar dos planos de contingência implementados, Ester Sabino argumenta que o "ideal é diminuir o contato com grandes multidões".

"Eu acho que todo mundo que for pular Carnaval vai estar mais suscetível de estar exposto. Ninguém vai pular com máscara, a não ser que coloque como parte da fantasia. É uma situação difícil e muito pouco pode ser feito", afirmou a entrevistada.
A médica, por outro lado, reconheceu que a medida de proibir a festa seria exagerada num momento, quando ainda não há nenhum caso detectado no país. Além disso, ela lembrou do grande impacto econômico que uma eventual suspensão do Carnaval provocaria no setor econômico.

No entanto, Sabino afirmou que, "pessoalmente não iria pular Carnaval", e que os foliões devem tomar cuidados básicos.

"Lavar as mãos, não espirrar na frente dos outros, usar lenço. E se você tiver algum sintoma, fique em casa para não espalhar vírus respiratório. Se sentir os sintomas, fique de molho", concluiu.

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