CENSURA VAI APERTAR: GOVERNO, MÍDIA E GLOBALISTAS SE UNEM CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO



QUEM IRÁ DETERMINAR O QUE É INFORMAÇÃO FALSA OU VERDADEIRA?
QUAL SERÁ O CRITÉRIO?
QUEM DOMINA A IMPRENSA?
QUEM GOVERNA OS GOVERNOS?

24 veículos de comunicação brasileiros, incluindo EXAME, aderiram a uma iniciativa inédita de unir esforços para combater notícias falsas e desinformação nas eleições deste ano. A partir de 6 de agosto, o projeto Comprova vai acompanhar e receber publicações na internet que estejam viralizando para checar sua veracidade.

A iniciativa tem sua origem no grupo First Draft, da universidade de Harvard, que já organizou uma coalizão semelhante no ano passado, durante a eleição presidencial francesa. O Comprova visa diminuir o impacto da propagação de boatos durante o período eleitoral, focando em tópicos específicos como candidaturas, reformas estruturais e debates presidenciais.

Durante o evento de lançamento do projeto nesta quinta-feira (28), em São Paulo (SP), Claire Wardle, representante do First Draft, destacou que um dos principais desafios da imprensa profissional é não aumentar o alcance de notícias enganosas quando for promover as verdades.

“Se uma desinformação está circulando apenas em um grupo restrito de indivíduos no Recife, digamos, então não faz sentido repetir o boato, nem que seja para desmenti-lo, em uma amplitude nacional”, afirmou, já que isso só aumentaria o alcance da informação falsa.

Os jornalistas participantes do Comprova vão usar ferramentas de monitoramento online que conseguem prever o ritmo de crescimento do alcance de um determinado post nas próximas horas, o que possibilita a avaliação da necessidade de checagem.

Os boatos checados serão monitorados nas principais redes sociais do país, como Facebook, WhatsApp, Twitter e Instagram. Fique por dentro: Facebook e Google assinam acordo contra disseminação de fake news 
Reação emocional

Claire ainda dá uma dica aos jornalistas: procurar, entre os posts cuja circulação está aumentando, os que mais têm reação de “raiva” no Facebook.

“Quando a pessoa reage com aquela carinha brava, isso quer dizer que o conteúdo do post é emocional, irracional”, o que já acende o sinal de alerta, segundo a representante do projeto.

A função educativa desse tipo de iniciativa seria, portanto, levar os cidadãos e usuários das redes sociais a refletir antes de compartilhar, já que esse compartilhamento impensado ajuda a espalhar conteúdos de fontes não verificadas.

O desafio no Brasil é grande, já que o país tem um dos maiores volumes de usuários do WhatsAppdo mundo (cerca de 76% das pessoas que possuem smartphone estão no app, segundo o MEF).

“A média de pessoas em um grupo do WhatsApp é de seis pessoas. É um grupo pequeno, provavelmente formado por gente em que você confia. Quando a informação partiu de alguém com quem já temos algum laço emocional, a nossa tendência é acreditar que ela é verdadeira”, explicou.



TSE faz pacto de combate a 'fake news' com mídias sociais e associações de empresas de comunicação

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou nesta quinta-feira (28) parcerias com as empresas de tecnologia e associações de empresas de comunicação para combate à disseminação de notícias falsas, as chamadas “fake news", que possam afetar a disputa eleitoral deste ano.

O presidente da Corte, Luiz Fux, assinou memorandos de entendimento com a Google e o Facebook, bem como com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revista (Aner).

O texto do acordo com as mídias sociais leva em consideração “a necessidade de diminuir a possibilidade de replicação de práticas aptas a distorcer a liberdade do voto do eleitorado e a formação de escolhas conscientes por parte dos cidadãos”.




Fux assina protocolo pra combater "Fake News"

Com isso, as empresas de tecnologia se comprometeram a combater a desinformação com projetos de educação digital e promoção do jornalismo de qualidade.

As associações, por sua vez, se comprometeram a contribuir com produção, pelas empresas do setor, de notícias que permitam ao eleitor checar a veracidade das informações de fontes não confiáveis.

“A imprensa é essencial para a realização do pleno e efetivo exercício da liberdade de expressão e instrumento indispensável para o funcionamento da democracia representativa, mediante o qual os cidadãos exercem seu direito de receber, procurar e divulgar informação”, diz o texto da parceria com as associações do setor.

No ato de assinatura, o ministro Luiz Fux também destacou comprometimento já firmado com 22 partidos e marqueteiros políticos contra a proliferação de notícias falsas na disputa eleitoral.

“Sempre afirmamos que na tarefa de combate a notícias falsas a fonte primaria é a imprensa brasileira. Este é um marco na vida do TSE, de ato de cidadania dessas entidades. Rádios, revistas e jornais se comprometeram a combater conosco a proliferação de notícias falsas que poluem o ambiente eleitoral”, disse o ministro.

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