Furacão Maria passa na República Dominica e em Guadalupe com ventos de mais de 250 km/h

© Fournis par RFI
Depois do Irma, agora é o furacão Maria que ameaça o Caribe. Ele devastou a ilha de Dominica nas últimas horas e deixou apenas dois feridos na Martinica. O furacão agora acaba de passar pelo território francês da Guadalupe, segundo as autoridades, com ventos de mais de 250 km/h nesta terça-feira (19).
O furacão foi classificado na categoria 5, a mais potente, equivalente ao Irma, que devastou as ilhas de São Martinho e São Bartolomeu. Por volta do meio-dia, Maria estava a cerca de 70 km no sul de Guadalupe, declarou o diretor-geral da Segurança Civil local, Jacques Witkowski. Os ventos ultrapassavam 250 km/h e a comunicação com a ilha está complicada. A trajetória do furacão “é versátil e incerta”, disse.
Segundo Witkowski, não foi necessário efetuar evacuações massivas. Guadalupe, explicou, tem um centro hospitalar para atender eventuais vítimas e estruturas de abrigo temporário. Antes da Guadalupe, Maria passou a 50 km da Martinica, deixando duas pessoas levemente feridas. Cerca de 33.000 casas ficaram sem energia elétrica, mas não foram registrados grades estragos. O furacão também atingiu o arquipélago de Saintes, duas pequenas ilhas vulcânicas.
Potencialmente catastrófico
O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que Maria era um furacão "potencialmente catastrófico". Com ventos de até 257 km por hora, ele tocou a terra em Dominica às 22h15 de segunda-feira (18). "A ilha perdeu tudo que podia ser perdido", postou em sua conta no facebook o primeiro-ministro da ex-colonia britânica de 72 mil habitantes.
Na trajetória prevista, o olho de Maria se movimentará para o nordeste do Mar do Caribe, se aproximando das Ilhas Virgens e de Porto Rico esta noite e na quarta-feira", indicou o NHC.
O novo furacão deve passar ao sul das costas de São Martinho e São Bartolomeu, ambas devastadas pelo furacão Irma em 6 de setembro, segundo o ministério da Defesa da Holanda. O balanço de mortos em Saint Martin subiu para 15 pessoas. O furacão Irma deixou quase 40 mortos no Caribe antes de atingir o estado americano da Flórida, onde morreram pelo menos 50 pessoas.
Reforços
Os governos da França, Reino Unido e Holanda, criticados por não terem enviados mais recursos antes e depois da passagem do Irma, que devastou seus territórios ultramarinos, anunciaram reforços. Paris anunciou no domingo o envio de 110 militares a Guadalupe e recordou que "quase 3.000" reforços já estão na ilha.
Mas o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, admitiu "dificuldades importantes" caso o furacão atinja com força Guadalupe, já que a ilha é "o centro logístico" que permite alimentar Saint Martin e organizar as viagens aéreas e o abastecimento.

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