Nestor Cerveró é preso pela PF em aeroporto do Rio

Ex-diretor da área Internacional da Petrobras é acusado de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, foi preso pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, pouco depois da 0h desta quarta-feira (14), segundo o canal GloboNews. Ele é acusado de envolvimento no suposto esquema de corrupção na Petrbras e deverá ser encaminhado para a Curitiba, onde estão presos os outros acusados. Cerveró voltava de Londres e tinha depoimento marcado para esta quinta-feira.
Ao iG, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, se disse surpreso com a prisão: "Não conheço, ainda, a fundamentação da prisão preventiva e entendo não haver motivos legais para a prisão". Segundo ele, tanto a Polícia Federal como o Ministério Público Federal foram informados sobre a viagem e tinham conhecimento do endereço onde Cerveró ficaria na Inglaterra. Afimou ainda que já havia combinado com o Procurador Federal do Rio de Janeiro que ele prestaria o depoimento nesta quinta-feira (15).
De acordo com Ribeiro, amanhã ele seguirá para Curitiba para tomar conhecimento dos fatos que levaram seu cliente à prisão, verificar o processo e decidir quais providências serão tomadas a partir de agora. Ele lembra ainda que "Nestor Cerveró,  em abril de 2014 se colocou a disposição da investigação para prestar esclarecimentos sobre sua conduta a frente da Diretoria da área internacional da Petrobras e nunca foi chamado para ser ouvido", finalizou. 

Em nota, o MPF informou que foi cumprido um mandado de prisão preventiva, já que "há indícios de que o ex-diretor continua a praticar crimes e se ocultará da Justiça". Ele deve ser levado para a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) nesta quarta.
A nota do MPF revela ainda que nesta terça-feira (13) foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Cerveró e de parentes, "em função de seu envolvimento em novos fatos ilícitos relacionados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro que foram denunciados recentemente".
O MPF teria obtido informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) de que logo após o recebimento da denúncia e durante o recesso do Judiciário, o ex-diretor tentou transferir para sua filha R$ 500 mil. O ex-diretor, ainda segundo o MPF, também teria transferido recentemente três apartamentos adquiridos com recursos de origem duvidosa, em valores menores do que eles valeriam, de R$ 7 milhões por R$ 560 mil.
Em 17 de dezembro, o juiz federal Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal relacionada ao inquérito oriundo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Passaram a ser réus no processo o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras e pagamento de propina a partidos e agentes políticos e o executivo Júlio Almeida Camargo da empreiteira Toyo Setal. 

Fonte último segundo do IG

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