Governo descartou a possibilidade de disseminação da doença e classificou o episódio como ''achado eventual'' mas será que o governo diz a verdade?

O vírus da poliomielite foi encontrado em uma amostra de esgoto em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, mas até o momento não foi registrado nenhum caso da doença em humanos, informou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde descartou a possibilidade de disseminação da doença e classificou o episódio como um "achado eventual".
O vírus da pólio que foi identificado em amostras coletadas em março no Aeroporto Internacional de Viracopos é similar a uma cepa recentemente isolada de um caso na Guiné Equatorial, na África Ocidental, segundo a OMS.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que foi o governo brasileiro que notificou a OMS sobre o vírus, encontrado durante um exame de rotina realizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) no esgoto do aeroporto.
Barbosa reforçou que o vírus é semelhante ao encontrado na Guiné Equatorial e que provavelmente veio de lá.
"A Cesteb repetiu os mesmos exames em abril e todas as amostras foram negativas, inclusive as de Viracopos, o que confirma que se tratou de algo eventual, provavelmente um viajante, não sabemos se um passageiro ou tripulante", disse o secretário.
"O vírus só foi detectado no esgoto... Até o momento nenhum caso de paralisia por pólio foi registrado", informou a OMS em comunicado.
A pólio ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. Não há cura para a doença, que pode ser evitada com vacinação.
A última campanha nacional de imunização contra a doença no Brasil foi realizada há um ano, e a cobertura no Estado de São Paulo superou 95 por cento, assinalou a OMS, acrescentado: "A elevada imunidade parece ter evitado a transmissão."
A agência da ONU disse que o risco de o vírus da pólio encontrado no Brasil se espalhar internacionalmente é "muito baixo", e da Guiné Equatorial é "alto".
Barbosa, do Ministério da Saúde, destaca que, além de o caso ter sido eventual, a cobertura, por vacina, no país, contra a doença é de cerca de 99 por cento.
A pólio é considerada erradicada do Brasil desde 1989 e o continente americano foi declarado livre de pólio em 1991, de acordo com a OMS, que mantém uma campanha mundial para erradicar a doença.

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