2 Empresas já estão interessadas na compra dos Correios, estatal Brasileira pode ser privatizada



Com a iminente privatização dos Correios, pelo menos duas empresas ligadas ao setor de logística já contratam assessorias jurídicas para a compra da estatal. Seus nomes, no entanto, foram mantidos em sigilo. 


Na última quarta-feira (16), o ministro da comunicação, Fabio Farias, adiantou que cinco grupos empresarias já demonstraram interesse na aquisição da estatal — como o Magazine Luiza, FeDex e DHL. 


“Para essas empresas, faz muito sentido adquirir a operação da estatal porque elas já atuam, de alguma forma, no setor de logística”, afirmou a advogada Claudia Elena Bonelli, sócia da área de infraestrutura do escritório de advocacia TozziniFreire.

Segundo especialistas de mercado, tudo indica que a privatização acontecerá em breve. “O edital será publicado, sem muita sombra de dúvida, em 2021, então os interessados já estão correndo para fazer uma imersão no processo e ter mais chance de ganhar a licitação”, afirma Bonelli.


Em uma entrevista ao site Exame, o presidente da estatal, Floriano Peixoto, afirmou que a primeira fase dos estudos necessários para o processo de privatização será finalizada até novembro.


Desafios no processo

Para os especialistas, o maior desafio é estruturar a acomodação da universalização do serviço — afinal, as cidades brasileiras precisam continuar sendo atendidas. Uma possível solução para esse problema é fatiar a operação. Nesse caso, parte da prestação de serviço a municípios menores ficaria sob responsabilidade dos Correios.

Outro assunto relacionado à estatal que está em alta nos últimos tempos é a paralisação dos Correios. Encerrada nesta semana, a greve durou 35 dias e foi uma das mais longas da estatal. 

Greve dos Correios

Os funcionários pleiteavam a manutenção do acordo coletivo firmado em 2019, com benefícios como a licença-maternidade de 180 dias, que foi suspenso em função da pandemia. Nesta terça-feira (22), o Tribunal Superior do Trabalho decidiu em favor da estatal e ordenou a normalização do serviço. Segundo fontes relacionadas ao governo, a greve teria favorecido a privatização.

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